José Mourinho fez esta segunda-feira a antevisão ao duelo do Benfica com o Rio Ave, encontro em atraso da ronda inaugural da I Liga.
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O treinador das águias destacou a qualidade do adversário, mas foi sobretudo pelas suas declarações sobre o passado e sobre o contexto em torno do clube que deu que falar.
Questionado sobre hipotéticos convites de FC Porto e Sporting, Mourinho foi taxativo: “A pequena conversa que tive com Villas-Boas e Varandas foi simples. ‘Muita sorte e que acabes em segundo’, é o normal. Se tivesse sido convidado por eles, se teria aceite? Não sei, mas com a velocidade e condições que disse sim ao Benfica? Não”.
O treinador voltou também a comentar a sua curta passagem pelo Fenerbahçe, da qual não guarda grandes sentimentos: “Passa-me ao lado, não tenho qualquer tipo de relação. Se me perguntarem se estou feliz com a não reeleição? Não estou. Se estaria feliz com a reeleição? Não estarei. Foi pouco tempo, com pouca empatia e paixão. Ótima relação com os jogadores que lá ficaram, que tudo lhes corra bem e nada mais que isso”.
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A proximidade das eleições no Benfica também foi tema. Mourinho garantiu não estar envolvido no processo, mas mostrou-se sensibilizado com algumas palavras de apoio: “Não conversei, nem acho que o deva fazer. Sou treinador do Benfica, foco no Benfica, na minha missão. Acho que os presidentes, as direções são os representantes dos milhões de adeptos dos clubes e é para esses milhões que devo trabalhar. Se me perguntar se fiquei agradado e recebi com simpatia e orgulho o facto de candidatos terem proferido algumas palavras de respeito pela minha pessoa enquanto treinador? Sim. Mas completamente isolado desse contexto”.
Por fim, deixou uma mensagem clara quanto ao seu papel e relação com Rui Costa, atual presidente encarnado: “Dar o máximo cada dia e neste momento é o presidente Rui Costa que aqui está, foi ele que deu um grande passo para me convidar a trabalhar no Benfica. E vai ser assim. Eu não sou importante. Agora ao início é normal toda esta coisa, mas acho que é uma coisa que com o passar dos dias se deve atenuar, apagar, e o foco é o Benfica”.