Miguel Oliveira está sob intensa pressão e reconhece que o seu futuro no MotoGP pode estar em risco. Em declarações ao portal Speedweek, o piloto português confessou que precisa de mostrar resultados rapidamente para garantir o seu lugar na Pramac-Yamaha.
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Com a chegada já confirmada do campeão de Superbike Toprak Razgatlioglu para 2026, a equipa irá dispensar um dos seus actuais pilotos, e tudo indica que essa decisão será tomada já na paragem de verão.
“Se a Yamaha precisar de abrir espaço para acomodar o Toprak, terei de ver onde fico. A decisão é deles”, assumiu o piloto de Almada, visivelmente consciente da delicadeza da sua situação. A época começou de forma muito difícil, com uma lesão que o afastou das pistas durante um período crítico de adaptação à nova moto. Atualmente ocupa o 23.º lugar no campeonato, com apenas três pontos somados.
A contagem decrescente começou
Oliveira tem agora apenas quatro corridas — Mugello, Assen, Sachsenring e Brno — para convencer os responsáveis da Pramac-Yamaha de que merece manter o lugar. O cenário é exigente: precisa de resultados consistentes dentro do top 10, algo que só conseguiu fazer de forma pontual até agora.
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Para se ter uma ideia da dificuldade da tarefa, basta ver o desempenho recente de outros pilotos da Yamaha: Fabio Quartararo, a estrela da equipa, só conseguiu terminar três corridas entre os 10 primeiros em oito Grandes Prémios; Jack Miller, outro dos potenciais dispensados, conseguiu-o duas vezes; e Alex Rins nenhuma.
A expectativa era de que Miller, por terminar contrato este ano, fosse o nome mais vulnerável. No entanto, o português admite que o fraco início de época — consequência directa da sua lesão — pode fazer dele o elo mais fraco.
“Claro que sinto a pressão, só os resultados importam. Preciso de mostrar as minhas qualidades antes das férias de verão”, reforçou Oliveira.
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Alternativas em cima da mesa
Caso se confirme a saída da Pramac-Yamaha, Miguel Oliveira poderá ainda ter hipóteses de se manter no MotoGP, caso surjam vagas em outras equipas. No entanto, segundo a Speedweek, as Superbike começam a ganhar força como plano B para o português.
Equipas como a BMW e a Honda poderão estar atentas à possibilidade de o contratar, reconhecendo-lhe experiência, talento e capacidade de adaptação.
O próprio piloto não fecha essa porta: “Eu vejo as Superbike, são um desporto totalmente diferente”, comentou, sem entrar em grandes detalhes.
A decisão final estará nas mãos da Yamaha, mas o relógio já começou a contar para Miguel Oliveira. Entre o sonho do MotoGP e a realidade das Superbike, o próximo mês e meio poderá definir de forma dramática o futuro do melhor piloto português de sempre.