A polémica bandeira e a sensação de injustiça
Outro dos temas inevitáveis foi a controversa bandeira exibida em 2019, após o apuramento do País de Gales para o Euro: “Wales. Golf. Madrid.” A imagem correu o mundo e, durante semanas, Bale foi criticado por adeptos e comentadores espanhóis, acusando-o de falta de compromisso com o Real.
O galês desmistifica também esse episódio:
“Esse slogan é a única coisa pela qual sinto que fui injustiçado. Ninguém sabia quanto golf eu jogava — e inventaram um exagero. Se perguntar às pessoas, acham que eu jogava três ou quatro vezes por semana. Na verdade, jogava uma vez a cada duas ou três semanas, num dia de folga.”
Sobre o momento da bandeira, Bale conta que tudo aconteceu espontaneamente, com a seleção galesa a celebrar o apuramento e alguém a colocar o pano à sua frente:
“Não podia atirar ao chão a bandeira do meu país. A equipa estava a festejar e eu limitei-me a estar com os meus colegas. Nem sequer cheguei a tocar fisicamente na bandeira. Mas fui completamente arrasado.”
No final, Bale admite que o episódio se transformou numa tempestade construída sobre desinformação, e que o desgaste mediático acabou por ser desproporcional.
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Hoje, retirado e sereno, decide finalmente colocar “pontos nos is” sobre dois dos capítulos mais especulados da sua carreira — a relação com Cristiano Ronaldo e o famoso slogan — e limpar a narrativa em torno de uma história que nunca foi tão ruidosa dentro do balneário quanto foi fora dele.