O FC Porto anunciou a conclusão de uma operação de financiamento no valor de 115 milhões de euros, com uma taxa de juro fixa de 5,62% e um prazo de 25 anos.
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Esta emissão de obrigações, denominada Dragon Notes, foi realizada através do mercado norte-americano de private placement, em parceria com a JP Morgan, e contou com a adesão de várias seguradoras internacionais.
A operação financeira insere-se no esforço do clube para renegociar dívidas contraídas em administrações anteriores, muitas delas com taxas de juro superiores a 7%. Este novo financiamento permitirá ao FC Porto reduzir os custos de dívida, alongar o prazo médio de reembolso e alocar parte dos recursos a projetos estratégicos, como a construção de um Centro de Alto Rendimento no Olival, dependendo de parcerias adicionais.
A SAD portista descreveu a operação como “um marco importante na recuperação financeira do clube”, destacando a confiança dos investidores institucionais na credibilidade da Dragon Notes. A elevada procura por esta emissão (cerca de 170 milhões de euros em intenções) reflete a robustez do modelo de negócio do FC Porto, que obteve um rating de "investment grade" pela agência DBRS.
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Apesar do alívio financeiro, a emissão foi alvo de críticas por parte de João Rafael Koehler, ex-candidato à vice-presidência do clube, que acusou a atual administração de hipotecar o futuro do clube ao alargar excessivamente o prazo da dívida. Segundo Koehler, o custo acumulado dos juros poderá tornar-se insustentável a longo prazo.
A direção liderada por André Villas-Boas defende, no entanto, que a operação é necessária para garantir a estabilidade financeira e impulsionar o crescimento desportivo e comercial do clube. Com um modelo de pagamento mais espaçado, o FC Porto pretende reduzir o impacto imediato da dívida, mantendo-se competitivo dentro e fora dos relvados.