João Neves reage a polémica dos jogadores do Benfica com camisolas do PSG

A poucos dias da final da Liga das Nações frente à Espanha, João Neves abriu o jogo sobre tudo: a Seleção Nacional, o PSG, os amigos do Benfica e até a sua versatilidade em campo. Com apenas 20 anos, o médio formado no Seixal continua a impressionar pela maturidade com que aborda tanto os desafios colectivos como os dilemas pessoais. 

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Portugal vs Espanha: confiança e humildade 

O internacional português prevê uma final “boa, que vai dar prazer ver”, reconhecendo a qualidade da equipa espanhola.

“Esperamos uma Espanha muito forte, mas Portugal está preparado para aproveitar os pontos fracos e defender as suas mais-valias”, disse, num tom equilibrado entre respeito pelo adversário e confiança nas capacidades da equipa nacional. 

Quando questionado sobre os pontos fracos dos espanhóis, João Neves foi claro: “Nenhuma equipa é imbatível. Espanha tem muito potencial, é uma equipa jovem, mas nós também temos os nossos trunfos”. 

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Vitinha, Ronaldo e o valor do colectivo 

João Neves elogiou a sua parceria com Vitinha — ambos agora colegas de clube e de seleção — revelando que o primeiro jogo juntos como titulares foi mesmo com a camisola das quinas.

“Sinto-me muito confortável a jogar com o Vitinha. É muito bom em campo e mais espetacular ainda fora dele”. 

Sobre o muito aguardado duelo entre Lamine Yamal e Cristiano Ronaldo, desvalorizou a narrativa individualista: “Não é Lamine Yamal contra Cristiano Ronaldo. É Espanha contra Portugal. Ambas as equipas têm muito mais para oferecer”. 

Aos 20 anos, João Neves já tem no currículo uma vitória na Liga dos Campeões — troféu que ainda não chegou às mãos de muitos nomes grandes do futebol mundial. “É algo único, que muitos jogadores não conseguem e poucos conseguem repetir. Agora com a seleção espero ganhar o meu primeiro título a nível profissional”. 

Sobre a mudança para o PSG, Neves mostrou-se honesto e algo nostálgico: “Nunca pensei sair do Benfica e neste momento não me vejo noutro clube sem ser o PSG. Tento aproveitar o presente”. 

Apesar da juventude, o médio não esconde o orgulho pela evolução tática e pela capacidade de adaptação, muitas vezes usada pelo selecionador nacional para o colocar fora da sua posição habitual.

“Desde que jogue para mim está tudo bem. Cabe ao mister escolher a posição, eu só tenho de dar o meu melhor”. 

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Amizades que resistem às mudanças 

O médio também comentou a recente aparição dos seus antigos colegas Tomás Araújo, António Silva e Tiago Gouveia com camisolas do PSG, gesto que gerou alguma celeuma nas redes sociais. Neves defendeu os amigos: “Enquanto amigo deles não vejo qualquer maldade. A nível profissional, ninguém lhes pode apontar nada. Sempre deram o máximo e vão continuar a dar”. 

Grimaldo, Bola de Ouro e dores nas costas 

Encontrar Grimaldo, agora rival do outro lado do campo, será “bom”, reconhecendo o valor do antigo companheiro de balneário. Quanto à Bola de Ouro, João Neves mantém os pés bem assentes no chão: “Se for para o Vitinha, para o Lamine Yamal ou para o Dembélé, está bem entregue. São todos jogadores espetaculares. Mas sei que nestes troféus valem mais as estatísticas do que o jogo jogado”.