O selecionador nacional Francisco Neto reagiu com visível frustração à eliminação da Seleção Feminina do Europeu 2025, esta sexta-feira, após a derrota frente à Bélgica (1-2), mas assumiu, com frontalidade, a responsabilidade pelo desfecho.
“Na Federação, sempre que acaba uma fase final, fazemos uma reflexão profunda, concluímos o que é o projeto para o futuro e desta vez não será exceção. É assim que gosto de trabalhar, acho que faz sentido e olhamos sempre em ciclos de dois anos. Acabou um, vai começar outro. Por isso, temos tempo para fazer essa reflexão. Quero ser sempre parte da solução, nunca do problema”, afirmou em conferência de imprensa.
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Portugal despediu-se do Europeu com duas derrotas (Suécia e Bélgica) e um empate frente à Itália. Francisco Neto reconheceu que, apesar da evolução exibicional ao longo do torneio, os erros individuais e coletivos acabaram por custar caro.
“Foi um Europeu ao nível das nossas exibições e competitividade e em crescendo. Não começámos bem, mas crescemos no equilíbrio defensivo e na criação de oportunidades. Ao mesmo tempo, os erros penalizaram-nos muito. Cometemos alguns erros individuais e coletivos e isso intranquilizou-nos. Sofremos golos demasiado cedo para competir a este nível e o responsável disso sou sempre eu”.
Orgulho na atitude das jogadoras
Apesar da eliminação precoce, o técnico fez questão de destacar a atitude e entrega das jogadoras ao longo da fase de grupos.
“Queriam mais, foram ambiciosas, tiveram a coragem de acreditarem que podiam fazer algo mais. O mérito é todo delas pelo legado que temos deixado. Pelo que fizemos e pela coragem com que nos afirmámos. Quando não corre bem, é normal que as críticas apareçam, mas também é sinal que nos propusemos a coisas que há 11 anos ninguém fazia”, sublinhou.
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“Muito orgulho pela forma como se entregaram e pela dedicação. A tristeza que sentem é da mesma dimensão da entrega. Deram tudo. Nalguns momentos não fomos competentes, mas na entrega ninguém pode tocar”.
Com contrato até 2025, Francisco Neto, que lidera a Seleção Nacional desde 2014, deixa em aberto o futuro, mas com a garantia de que a avaliação será feita em conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol.