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Nacional
21/10/25 às 11:49

Grimaldo recorda Benfica: "Adeptos apoiam mas se não rendes..."

Alejandro Grimaldo, atual jogador do Bayer Leverkusen, não esquece os sete anos passados no Benfica.

Alejandro Grimaldo, atual jogador do Bayer Leverkusen, não esquece os sete anos passados no Benfica, clube que representou entre 2016 e 2023.

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Em entrevista ao After de Post United, o lateral espanhol recordou a mudança de contexto competitivo, a pressão dos adeptos e alguns dos momentos mais marcantes que viveu na Luz.

Passei de estar numa equipa e não lutar por nada a nível de títulos a ir para o Benfica, onde estavas obrigado a ganhar o campeonato, Taça de Portugal, fazer uma boa Champions. Era um salto grande e cheguei a meio da época. A equipa estava formada, mas adaptei-me rápido, deram-me tempo para conhecer o clube. Estás numa equipa que luta por títulos e quando cheguei ganhavam os jogos todos. Ganhámos a Liga, a Taça. Se o sistema está a funcionar, não o mudas. E precisava de um período de adaptação. O Benfica é incrível, mas os adeptos... apoiam-te até à morte, mas tens de render. Para um rapaz de 19 anos chegar ali e saber que ou rendes ou fazem-te uma cruz”, contou.

Entre as memórias mais fortes, destacou os festejos de campeão no Marquês de Pombal: “É incrível. Fomos ao Marquês de Pombal. No primeiro ano... estava cheio, nunca tinha visto tanta gente no mesmo sítio na minha vida. Foi algo impactante. Tenho mil vídeos desse momento. Ano seguinte? Foi o terceiro ano. Nesse ano o FC Porto ganhou o campeonato, não sei se mudámos de treinador... Vens de um ano em que ganhas tudo, baixas um pouco e és penalizado.”

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Grimaldo comentou também a intensidade dos clássicos frente ao FC Porto e a presença de José Mourinho, agora treinador do Benfica, mas que já tinha estado no Estádio da Luz como adversário: “Como tudo muda, é incrível. Mourinho foi treinador do FC Porto, foi com o United ao Estádio da Luz. Mas agora treina o Benfica. As pessoas querem é que a equipa ganhe. Os clássicos com o FC Porto são quentes. Não podes perder. Se não ganhas não podes sair de casa. Nota-se essa tensão, mas vive-se a fogo.”

O espanhol deixou ainda elogios a alguns ex-companheiros que brilharam de águia ao peito: “Renato Sanches surpreendeu-me muito, era jovem e tinha um poderio físico. Fazia tudo bem, era um médio todo o terreno. Destacou-se muito e o Benfica se tem um jovem que se destaca vende-o sempre por um bom preço. O Bayern veio e teve a oportunidade de apanhar esse comboio.”

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Sobre João Félix, foi taxativo: “Foi uma loucura. Do que via a treinar, parecia-me que era um preço justo, tinha um talento incrível. Tinha visto poucos jogadores com essa qualidade e olfato pelo golo. Parecia-me que não era caro e valia esse preço. No final, era o estilo de jogo para onde foi. Vamos ver se ganha essa confiança [na Arábia Saudita]. É jovem e pode voltar à Europa.”

Sem nunca ter aprendido português, admitiu que o ambiente no balneário lhe facilitou a vida: “O bom é que os portugueses entendem-nos. A verdade é que falei sempre espanhol e entendiam-me. No princípio não os entendia, mas fui percebendo. Estava com argentinos, Salvio, Lisandro Martínez, Gaitán. Havia muita gente que falava espanhol. Tínhamos uma boa equipa. Os guarda-redes... Júlio César, o Ederson apareceu com um nível incrível.”

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André Miguel Rodrigues