A ex-mulher de Diego Maradona, Verónica Ojeda, prestou esta terça-feira um depoimento comovente no julgamento dos sete profissionais de saúde acusados da morte do antigo astro argentino.
Veja também: BOMBA: É o fim - Ronaldo troca Georgina por modelo árabe
Entre lágrimas, Ojeda recordou os momentos finais de Maradona, descrevendo um cenário de abandono e desleixo por parte da equipa médica responsável pelos cuidados domiciliares de ‘El Pibe’.
«De cada vez que o via, ele pedia-me ajuda. Eu não sabia o que fazer. Eles mantinham-no em cativeiro e ele tinha medo de tudo», disse a mãe de Diego Fernando, filho mais novo de Maradona, de 12 anos.
Ojeda referiu que a decisão de manter Maradona em casa, após uma cirurgia ao cérebro, foi tomada pelo neurocirurgião Leopoldo Luque e a sua equipa, sob a promessa de que teria todo o acompanhamento necessário. Mas a realidade era bem diferente.
«Onde ele estava cheirava a urina e fezes. Disse que precisava de um banho, de se barbear. Não era justo estar assim», recordou.
Veja também: Anselmi em risco de ser demitido do FC Porto - ÚLTIMA HORA
🕯️ A descoberta da morte
A ex-companheira relatou ainda como soube da morte de Maradona, a 25 de novembro de 2020:
«Estava no carro com Dieguito quando ouvi no rádio. Um jornalista ligou-me a dizer que fosse imediatamente para Tigre. Quando cheguei… encontrei-o inchado, com espuma na boca. Saí e desmaiei».
A autópsia indicou como causa da morte um edema pulmonar agudo provocado por insuficiência cardíaca congestiva e cardiomiopatia dilatada. Condições que, segundo os peritos, foram agravadas pela falta de cuidados adequados nos dias que antecederam a sua morte.
Veja também: 🎭 Judith Godrèche Exige Ação Política Após Relatório “Chocante” Sobre Abusos na Cultura Francesa
⚠️ “Levá-lo para casa foi um risco”, alerta médico
Também Mario Schiter, médico intensivista que tratou Maradona em Cuba em 2000 e que participou na autópsia a pedido da família, prestou testemunho. Schiter garantiu que Maradona “tinha uma insuficiência cardíaca latente” e que a decisão de o tirar de um hospital para o levar para casa foi altamente irresponsável.
«Levá-lo de um hospital de alta complexidade para casa pareceu-me arriscado», afirmou, acrescentando que recomendou à família a sua transferência para um centro de reabilitação.
O julgamento continua na Argentina, com sete profissionais de saúde – incluindo o neurocirurgião Leopoldo Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov – acusados de homicídio doloso por negligência médica. Caso sejam considerados culpados, podem enfrentar penas até 25 anos de prisão.
Veja também: Português entre os jogadores que Ronaldinho mais gosta de ver jogar