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Nacional
18/10/25 às 10:48

Duarte Gomes e o penálti de António Silva sobre Gül: "Neste lance o VAR..."

O ex-árbitro internacional e atual diretor técnico de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Duarte Gomes, comentou o polémico lance no

O ex-árbitro internacional e atual diretor técnico de arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Duarte Gomes, comentou o polémico lance entre António Silva e Deniz Gül, no clássico entre FC Porto e Benfica, defendendo que o VAR atuou corretamente ao não intervir na jogada.

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No programa Livre Arbítrio, do Canal 11, Duarte Gomes explicou que o critério usado nestas situações é claro: só há lugar para intervenção do vídeoárbitro em erros evidentes.

Este é um lance... há quem diga que é penálti porque o agarrão pode ser suficiente. Os árbitros e o VAR têm orientações muito claras da nossa parte e que assumimos, dadas aos clubes e imprensa. As instruções são para punir infrações claras e óbvias. Essas indicações são para todos. Aqui nunca pode intervir o VAR porque não é absolutamente evidente que o árbitro errou em campo. Quando não há evidência não queremos uma intervenção. Intervenção é paraquedas, só abre quando é óbvio e este não é esse lance”, afirmou.

O responsável reconheceu que houve contacto, mas considerou que não justificava uma decisão mais pesada.

De facto há um esticar de camisola. Há um desequilíbrio, perturbação, mas no movimento de marcação. É muito comum o uso das mãos quase no limite da lei. Neste caso concreto, de linha cinzenta, se colocares 10 pessoas numa sala cinco ou seis dirão coisas diferentes. Mesmo no universo de pessoas razoáveis, é um lance que gera dúvidas e por isso não queremos punição. O futebol não quer faltas e faltinhas, queremos à inglesa, que se deixe jogar. Neste tipo de lance, para que fique claro, na dúvida é para não punir”, sublinhou.

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Duarte Gomes admitiu ainda que o lance poderia ter tido outra leitura sem que isso justificasse intervenção do VAR: “Tínhamos duas possibilidades. Não trazer este lance e não nos pronunciarmos ou assumirmos o lance e darmos a nossa opinião. O lance é mesmo muito cinzento e há pequenos fatores que podem justificar a falta. Se o árbitro tivesse assinalado penálti neste lance também não queríamos intervenção porque não era claro que tinha errado. Por serem dúbios inserem-se na não punição. Vale também para empurrões, carregar, queremos que prevaleça o jogo fluido e não a infração. Sabendo que muitas vezes vamos errar, mas a consistência em campo e o momento da linha de intervenção do VAR são as maiores dificuldades da arbitragem mundial.”

Com esta explicação, o diretor técnico da arbitragem reforçou a linha orientadora para árbitros e VAR em Portugal: apenas os erros claros e inequívocos devem ser alvo de correção.

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