Em 2021, numa entrevista à BBC, Diogo Jota deixou palavras que hoje ganham um peso ainda mais comovente.
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O internacional português, que faleceu tragicamente esta quinta-feira, aos 28 anos, vítima de um acidente de viação em Espanha, recordou o esforço dos pais e a importância que tiveram na concretização do seu sonho de ser futebolista profissional.
«É difícil, especialmente porque não estava a ser pago [pelos clubes]. Os meus pais, sim [pagavam para eu jogar]. E lembro-me que essa era a parte mais difícil para mim. Eu conseguia ver os problemas deles para arranjar dinheiro para o clube e isso é o que mais me custa. Acho que me criou uma dívida e nunca lhes vou conseguir pagar», confessava Jota.
Palavras que reflectem não só a humildade e consciência do jogador, mas também a força de carácter com que encarou todas as dificuldades. Sem nunca ter passado pelas formações dos chamados “grandes”, Jota fez o seu caminho em clubes como Gondomar, Paços de Ferreira e Atlético Sanjoanense, antes de se afirmar no futebol internacional com as camisolas de FC Porto, Wolverhampton, Liverpool e da selecção nacional.
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Um exemplo de resiliência
«Quando passas por determinadas dificuldades, creio que te tornas melhor pessoa. Um conselho para os jovens de 16 anos? Principalmente, não desistir. Mesmo como eu, que jogava em divisões secundárias. Não desistir é o principal», sublinhava.