A polémica entre Orkun Kokçu e Bruno Lage continua a dar que falar no universo benfiquista. O episódio, ocorrido durante a goleada frente ao Auckland City (6-0) no Mundial de Clubes, teve novo capítulo este sábado com a intervenção de Mauro Xavier.
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O sócio das águias e assumido candidato à presidência do clube defendeu, nas redes sociais, a aplicação de um castigo exemplar ao internacional turco.
«Mal Kokçu. Mal Lage. O Mundial de Clubes é uma oportunidade para internacionalizar o Benfica e afirmar a sua marca. Lage não pode reagir da forma que reagiu ao comportamento errático de Kokçu. E desvalorizar o gesto do jogador foi outro erro», escreveu Mauro Xavier na sua conta de Instagram.
Para o ex-dirigente e rosto habitual da oposição à actual direcção, o episódio não deve passar em claro:
«No Benfica, este tipo de atitude não pode passar em branco. O jogador tem de ser multado ou alvo de outra acção disciplinar — tem de haver consequências. Sem autoridade, não há liderança. Sem liderança, não há qualidade. Benfica Primeiro».
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O incidente em causa ocorreu aos 62 minutos da partida, quando Bruno Lage decidiu substituir Kokçu por Renato Sanches. O médio turco não escondeu o desagrado, saiu do relvado visivelmente contrariado, sem cumprimentar o treinador, e envolveu-se num momento de tensão no banco. Pouco depois, Renato Sanches marcou o terceiro golo das águias, levando Lage a dirigir-se a Kokçu com palavras que preferiu resguardar, tapando a boca com a mão — gesto que só inflamou ainda mais o descontentamento do jogador.
Segundo relatos, Kokçu terá mesmo tentado abandonar o banco de suplentes, sendo travado pelo compatriota e colega de equipa Kerem Akturkoglu, que o convenceu a manter-se no seu lugar.
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Apesar da tensão, Bruno Lage optou por desvalorizar o episódio no final do encontro:
«Foi a vontade de ganhar. O Kokçu queria marcar mais golos. Independentemente do que querem os jogadores, sou eu que tomo as decisões».
A reação de Mauro Xavier reacende o debate sobre a autoridade interna no balneário encarnado e a necessidade de manter a disciplina em momentos de alta exposição mediática. Com o Benfica ainda em prova no Mundial de Clubes, resta saber se o clube avançará com qualquer medida disciplinar ou se o episódio ficará, de facto, como “caso encerrado”.