André Villas-Boas não poupou palavras esta segunda-feira, à margem das comemorações do 111.º aniversário da Federação Portuguesa de Futebol, para descrever o estado atual do futebol nacional.
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O presidente do FC Porto apontou o dedo à falta de estratégia, ao ambiente de conflito entre os principais dirigentes e deixou um aviso sobre o futuro das equipas portuguesas na Europa.
«O futebol português está gravemente doente e andamo-nos a enganar uns aos outros há bastante tempo. Não basta as recentes questões entre o antigo presidente e o atual presidente da FPF, mas também um certo desalinhamento entre os três grandes e os sucessivos adiamentos de temas estruturantes como a centralização dos direitos televisivos, o VAR ou a tecnologia no futebol», começou por dizer.
Villas-Boas, que está prestes a completar um ano na presidência dos dragões, lamenta que as suas tentativas de unir o futebol português tenham esbarrado em jogos de poder e numa “paz podre” que, segundo o próprio, já dura há anos.
«Explode um desalinhamento evidente entre dois grandes presidentes. Constata-se finalmente que vivemos nesta paz podre. Quero relembrar que estamos sob a ameaça do futebol belga, e se calhar em breve estamos mesmo destinados à Liga Conferência, que se calhar é o que merecemos. Tudo cenas lamentáveis de conflitos de poder», atirou, com tom amargo.