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Nacional
01/04/25

Villas-Boas arrasa: "Se calhar estamos destinados à Liga Conferência"

Presidente do FC Porto fala em “paz podre”, critica os atrasos na evolução do futebol nacional e lamenta o conflito entre Fernando Gomes e Pedro Proença.

André Villas-Boas não poupou palavras esta segunda-feira, à margem das comemorações do 111.º aniversário da Federação Portuguesa de Futebol, para descrever o estado atual do futebol nacional.

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O presidente do FC Porto apontou o dedo à falta de estratégia, ao ambiente de conflito entre os principais dirigentes e deixou um aviso sobre o futuro das equipas portuguesas na Europa.

«O futebol português está gravemente doente e andamo-nos a enganar uns aos outros há bastante tempo. Não basta as recentes questões entre o antigo presidente e o atual presidente da FPF, mas também um certo desalinhamento entre os três grandes e os sucessivos adiamentos de temas estruturantes como a centralização dos direitos televisivos, o VAR ou a tecnologia no futebol», começou por dizer.

Villas-Boas, que está prestes a completar um ano na presidência dos dragões, lamenta que as suas tentativas de unir o futebol português tenham esbarrado em jogos de poder e numa “paz podre” que, segundo o próprio, já dura há anos.

«Explode um desalinhamento evidente entre dois grandes presidentes. Constata-se finalmente que vivemos nesta paz podre. Quero relembrar que estamos sob a ameaça do futebol belga, e se calhar em breve estamos mesmo destinados à Liga Conferência, que se calhar é o que merecemos. Tudo cenas lamentáveis de conflitos de poder», atirou, com tom amargo.

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Conflito entre Fernando Gomes e Pedro Proença em destaque

Sobre a troca de cartas entre Fernando Gomes e Pedro Proença, Villas-Boas não escondeu a sua perplexidade.

«Gosto muito do Dr. Fernando Gomes, respeito muito, fez um grande trabalho. Lamento que dois presidentes importantes estejam neste momento de costas voltadas. Não podemos parar a nossa evolução. Estar no Comité Executivo da UEFA é essencial».

O presidente do FC Porto considera que esta polémica compromete a imagem internacional de Portugal e representa “um passo atrás para a dignidade, a transparência e a ética do futebol português”.

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Liga: eleições, divergências e falta de diálogo

A terminar, Villas-Boas revelou preocupação com as eleições para a presidência da Liga de Clubes, marcadas para abril, criticando a ausência de debate estratégico e o bloqueio de alguns clubes a uma mudança real.

«Estive em duas cimeiras de presidentes e posso confessar que em ambas se discutiu zero sobre o futebol português. Já propus que os candidatos se submetessem a perguntas sobre os seus programas, que falássemos de VAR, de planeamento, mas continuamos sem avanços. Não defender o futebol português parece-me uma patetice absoluta».

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André Miguel Rodrigues