Nuno Markl, conhecido humorista e comunicador, usou as redes sociais para partilhar uma mensagem profundamente emotiva e reflexiva após saber da morte de Diogo Jota e do irmão André Silva, vítimas de um trágico acidente de viação em Espanha.
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Mesmo admitindo não acompanhar o mundo do futebol, Markl confessou que a notícia o atingiu com uma força inesperada.
“Sou um analfabeto futebolístico. Não sabia bem quem era o Diogo Jota, nem o irmão, André Silva. Mas esta notícia caiu-me que nem uma avalanche de pedras. Foi paralisante”.
A confissão, feita numa publicação no Instagram, destaca-se pela sinceridade com que expõe o impacto da tragédia e pela reflexão que dela retira. Markl sublinha o efeito desarmante de uma morte tão súbita numa fase de plenitude pessoal e profissional, referindo-se ao recente casamento de Diogo Jota com Rute Cardoso, ocorrido poucos dias antes do acidente.
“O auge de felicidade tende a plantar uma enganosa semente de imortalidade. Não é dita nem processada dessa maneira, mas existe um certo espírito de ‘isto não pode acontecer agora, a pessoas boas e gentis’. Mas pode. A qualquer um. A qualquer instante”.
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Um apelo contra a fúria inútil do dia-a-dia
A tragédia serviu também de ponto de partida para uma crítica à forma como a sociedade desperdiça energia em conflitos fúteis — especialmente nas redes sociais — esquecendo a fragilidade da vida.
“Porque raio vivemos nesta fúria constante? O tempo que vejo pessoas perder em zaragatas inúteis nas redes sociais. Ou na vida. O interruptor pode ser desligado a qualquer instante. Mas vamos esquecer isso daqui a uns dias. Está-nos na natureza. Mas talvez não devêssemos resignar-nos à natureza”.
Num momento em que muitos ainda tentam digerir a perda de um dos rostos mais acarinhados do futebol português, a mensagem de Markl, longe da frieza dos comunicados, oferece uma pausa para pensar — não apenas sobre quem partiu, mas sobre quem cá fica.
“É doloroso pensar como o seu ‘para sempre’ foi tão curto. Inimaginável a dor de quem fica. Que o tributo ao Diogo seja também a todos, e à reflexão a que a certeza da tragédia nos devia obrigar”.
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