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04/08/25

Chishkala arrasa Klein: "Tentava controlar-me o tempo todo"

O ambiente no balneário do Benfica não era, afinal, tão sereno quanto parecia. Saiba mais pormenores.

O ambiente no balneário do Benfica não era, afinal, tão sereno quanto parecia. Ivan Chishkala, um dos jogadores mais experientes do futsal encarnado nos últimos anos, quebrou o silêncio numa entrevista explosiva ao portal russo sports.ru, apontando baterias ao atual treinador da equipa, Cassiano Klein

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O internacional russo, de 30 anos, que deixou o clube em maio após cinco temporadas, revelou que a sua saída teve como principal motivo os “desentendimentos constantes” com o técnico brasileiro, e traçou um retrato de tensão, controlo excessivo e falta de confiança mútua. 

“Tentava controlar-me o tempo todo” 

A crítica mais contundente de Chishkala recai sobre o estilo de liderança de Cassiano Klein. “Queria ter controlo total, tentava controlar-me o tempo todo”, acusou o ex-Benfica. O ala russo explicou que tentou explicar o seu ponto de vista, mas foi mandado obedecer com base numa suposta “hierarquia”. Para Chishkala, essa abordagem não funcionava: “Respondi que isso não ia funcionar comigo”. 

A tensão com os treinadores, no entanto, não começou com Klein. O jogador revelou que, desde 2022, com a chegada de Pulpis, foi obrigado a jogar mais recuado, assumindo funções defensivas em nome da equipa.

Fiz o trabalho sujo, mas depois pediram-me para continuar ali durante dois anos”, contou, sublinhando que esse não era o seu papel ideal em campo. 

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“Dizia que eu tive sorte…” 

Chishkala descreveu também situações de desconfiança por parte do treinador mesmo depois de boas exibições.

Se me poupava um pouco no treino de quinta-feira para estar a 100% no sábado, ele criticava. Depois, chegava ao jogo, marcava e ajudava a equipa, mas ele dizia que tive sorte”. 

Mais: segundo o russo, Cassiano exigia uma dedicação total ao futsal, incompatível com o estilo de vida de um atleta maduro.

Acreditava que, depois do treino, um jogador devia viver apenas para o futsal. Mas eu preciso de tempo para a família, para os meus hobbies. Se eu for jogar padel, para ele é sinal de que não estou focado”, lamentou. 

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Um adeus forçado? 

No momento da sua saída, Chishkala deixou uma mensagem elegante aos adeptos do Benfica, mas revelou agora que foi informado de que o clube queria seguir sem ele, sem margem para negociação.

Foi uma decisão do clube”, garantiu. 

A entrevista revela fraturas internas no balneário encarnado e deixa no ar algumas questões sobre o futuro da equipa sob o comando de Cassiano Klein. Para já, uma coisa é certa: o Benfica perdeu um jogador de qualidade e experiência — e não foi em bons termos. 

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