Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Boavista, Martín Anselmi abordou o acordo entre FC Porto e Cruz Azul para resolverem de vez a sua transferência para o Dragão.
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O técnico garante que desde a primeira hora que as negociações foram feitas com total transparência, tanto que o FC Porto acabou por pagar o valor inicialmente acordado. Anselmi mostrou-se revoltado com aquilo que diz serem mentiras por parte dos dirigentes do Cruz Azul.
"Estamos a falar de um assunto pessoal. É um assunto um pouco sensível. Dizem sempre que o tempo cura tudo e não me quero alongar tanto, porque é um espaço do FC Porto e para o FC Porto. Um dia gostaria de me sentar e estender-me sobre esta situação, que foi comunicada e resolvida por estes dias. É um tema sensível, que me marcou a mim e à minha família por muito tempo. Não quero, pela resposta, valorizá-lo. Mas as coisas são como são e são como disse no dia em que me apresentei FC Porto: havia um acordo, que não foi respeitado; depois, houve uma situação limite em que uma entidade tinha de decidir o que se passava com esse acordo e, evidentemente, as partes chegaram a um acordo pelo mesmo valor em que estavam a um acordo, porque havia um acordo. Continuam a dizer-se muitas coisas, mas os valores estão aí, o FC Porto já os publicou… Por favor, parem de mentir às pessoas. Não há insolvência. Tudo isso é mentira. Não há contrato de exclusividade, não há nada. As coisas são transparentes. Vamos ser transparentes. O acordo está aí, os números também e mais nada. Não podia ter-me declarado insolvente quando o FC Porto é que me apoia. Isso sabe-se desde o primeiro dia. Havia um acordo e por alguma razão se chegou a essa acordo. Caso contrário, tinham pago todo o dinheiro que se falava ao longo deste tempo. Com isto não quero ir contra o meu clube anterior, porque já o disse quando cheguei aqui: o carinho que tenho pelo Cruz Azul e pelas pessoas do Cruz Azul, não têm ideia do que significa para mim. Por isso foi um tema tão sensível ao longo de todo este tempo. Porque o que eu vivi e o que me fizeram sentir os adeptos do Cruz Azul, é impossível que algum dia me esqueça disso. Haverá tempo para falar mais", afirmou.
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Sobre o derbi com o Boavista, Anselmi diz esperar um adversário que tudo fará para lutar pela permanência.
"O Boavista demonstrou no último jogo contra o Aves que quer lutar até ao final, deu a volta a um jogo muito difícil, que praticamente os deixava condenados. Além dos condimentos e do contexto que tem o jogo, é um adversário que joga coisas muito importantes, mas nós também estamos a jogar coisas importantes. Apesar de faltarem duas jornadas e já não estarmos a lutar pelo campeonato, para nós é muito importante ganhar os dois jogos que faltam. Creio que aprendemos com o último jogo fora de casa, em que também jogámos contra um adversário que estava a jogar coisas importantes. Independentemente do contexto, será um jogo em que teremos de competir e dar o máximo, sabendo o que está em jogo para o adversário, mas que nós também queremos estar à altura do jogo", referiu.
"Jogo de vida ou morte? Não gosto de falar de vida ou de morte, porque a vida ou a morte são coisas mais importantes. O que sinto é que em cada jogo o FC Porto tem a obrigação de competir ao máximo. No último jogo fora ficámos em dívida com isso, mas não no último jogo em casa. Agora é tempo de aprender com esse jogo fora de casa e sair a disputar este ao máximo. Entendo que há um contexto, em que o oponente tem coisas em jogo muito importantes, mas nós também, porque o nosso prestígio está sempre em jogo. Somos o FC Porto e temos de competir ao máximo. Por isso, é muito importante vencer os três nestes dois jogos que restam", acrescentou.
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Questionado sobre o derbi entre Benfica e Sporting, o técnico azul e branco atirou: "Não tenho nada para dizer".
Anselmi também se pronunciou sobre a decisão do FC Porto em investir em Nehuén Pérez e Samu e em renovar com Rodrigo Mora.
"São situações diferentes. O Samu e Nehuén chegaram ao clube: assinou-se um vínculo mais extenso com Nehuén e comprou-se mais uma parte do passe do Samu. Já o Rodrigo, é um jogador formado na casa. Por isso, é uma situação diferente da dos outros dois. É um voto de confiança da nossa parte para os três. No caso do Rodrigo, não há nada mais lindo para um clube que ver um jogador formado na tua casa vestir a camisola, neste caso, do FC Porto e ver as exibições que está a ter. Queremos que fique por muito tempo. Sabemos que não o controlámos, porque todos os jogadores, a dado momento, acabam por ter muitas ofertas, mas, com este acordo, vamos poder ter o Rodrigo por mais tempo connosco, que era o que desejávamos. E o mesmo acontece com o Samu e o Nehuén. Estão a evoluir, tiveram diferentes exibições ao longo da temporada, momentos de pico muito altos, momentos mais baixos, como foi a temporada do FC Porto, mas confiamos neles como jogadores e entendemos que são importantes para encarar a próxima época como queremos e como querem todos os portistas. Parece-me que, com esta renovação, os dois jogadores fazem parte da próxima época", concluiu.
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