Na antevisão ao aguardado duelo entre o Benfica e o Boca Juniors, a contar para a 1.ª jornada do Grupo A do novo Mundial de Clubes, Bruno Lage mostrou-se confiante e ambicioso, sem esconder o peso do jogo num torneio de curta duração.
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A partida está marcada para esta segunda-feira, às 23h00 (hora de Lisboa), e será um dos encontros mais mediáticos da fase de grupos.
Di María é titular e o Boca é levado muito a sério
Questionado sobre a importância do jogo, Lage não hesitou: «É um jogo importante numa competição curta, temos de encarar dessa forma. É muito importante somar pontos». E confirmou, sem rodeios, que Ángel Di María será titular: «O Di María vai começar o jogo».
Sobre o adversário, o treinador encarnado reconhece as qualidades dos argentinos: «Vai ser um jogo muito competitivo. Com o anterior treinador jogavam em 4-4-2 losango, acreditamos que agora será um 4-4-2 tradicional. O ponto forte é o jogo de equipa, juntos e compactos, uma equipa aguerrida. Temos que estar no nosso melhor».
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Carreras, Real Madrid e mercado em aberto
Com Álvaro Carreras associado ao interesse do Real Madrid, Lage abordou a possibilidade com naturalidade: «Primeiro tem que haver uma proposta para que o Benfica chegue a acordo. Vejo qualquer jogador do Benfica com o rendimento do Álvaro a jogar em qualquer equipa do mundo».
A par da atenção dos tubarões europeus aos seus jogadores, o treinador foi claro quanto à mentalidade do grupo: «A forma de encarar o troféu tem que ser semelhante ao estado de espírito dos jogadores ao serviço das seleções. É uma competição. Cada um corre pelo colega e não vamos deixar de fazer isso, independentemente de termos situações em aberto no mercado.»
João Félix, Belotti, Renato Sanches e futuro do plantel
Sobre uma eventual “reunião” com João Félix, Bruno Lage foi cauteloso: «Todos gostavam de voltar ao Benfica, temos de criar a oportunidade — e eles demonstrarem vontade em vir. É preciso juntar as duas vontades e a questão financeira».
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Já quanto a Belotti e Renato Sanches, não confirmou a continuidade: «Posso garantir que o grupo vai ser diferente na próxima época, até pela saída do Di María. O futuro está a ser preparado».
Reforço para a lateral direita em análise
Lage admitiu que há lacunas no plantel: «Há vagas no plantel, essa [lateral direita] é uma delas. Não quisemos precipitar para ter no Mundial de Clubes. Quem vier tem que ser de qualidade. Melhor que o onze tem de ser o plantel».
Clima e ambição em cenário internacional
A adaptação ao clima foi outro dos temas em destaque: «Temos sentido um enorme calor nos treinos, esse é o maior fator de adaptação». Ainda assim, a ambição está bem vincada: «Temos a ambição de passar a fase de grupos e, se o conseguirmos, temos de ser determinados para fazer uma boa campanha».
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Quanto à eterna questão sobre o domínio europeu ou eventual surpresa sul-americana, Lage manteve o equilíbrio: «É o mesmo futebol, mas as condições climatéricas e o horário transformam o jogo. Nós temos o sangue quente argentino e turco, vai ser interessante».