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Nacional
15/11/25 às 10:17

Varandas ataca forte Villas-Boas: "Não é ar fresco, é bafio e hipocrisia"

No discurso dos Rugidos de Leão, o líder leonino classificou de “vergonha”, “hipocrisia” e “bafio” os episódios recentes envolvendo vídeos de arbitragem difundidos pelo clube portista e acusou o adversário de práticas “de terceiro mundo”.

Frederico Varandas não poupou André Villas-Boas no ponto mais incendiário do seu discurso.

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Recordando declarações do presidente portista durante a campanha eleitoral, o dirigente leonino começou por sublinhar:
“Agora, o vídeo da vergonha. Janeiro de 2024: Villas-Boas na campanha disse que é tempo de construir um futuro ganhador com princípios de ética e transparência. Por todo o país dizia-se ‘vem aí uma lufada de ar fresco’. Hoje, infelizmente, posso dizer que todo o país já constatou. Não é lufada de ar fresco, é bafio, hipocrisia do pior que o futebol português, infelizmente, já conheceu.”

Para Varandas, o caso dos vídeos de um torneio de infantis usados para pressionar a arbitragem antes de um jogo é revelador:
“Não estamos a falar de um lance a quente. Estamos a falar de algo premeditado. Vídeos de um torneio de infantis. É mau demais. É baixo demais.”

O presidente sportinguista mostrou-se ainda surpreendido com a forma como o tema deixou de ter relevância pública:
“Confesso que fico surpreendido como é que a comunicação social perdeu o interesse nisto… Coisa premeditada, planeada e executada.”

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Ataques ao comunicado do FC Porto: “Não há um ponto de arrependimento”

Varandas criticou também o comunicado divulgado pelo FC Porto após o caso dos vídeos, lamentando a ausência de autocrítica:
“A seguir a isto o FC Porto emite um comunicado com sete pontos. Atacam a Federação, o árbitro, os rivais, com erros de outros jogos com outros árbitros. Isto aconteceu mesmo, é do mundo real, não é da perceção. Não há, dos sete pontos, um ponto com arrependimento, pedido de desculpa ou onde se diga que não voltará a acontecer. Isto não vos choca?”

O dirigente avisou ainda que os árbitros não devem deixar passar situações semelhantes e apelou a um novo paradigma de transparência:
“Sabem o que lhes correu mal? É que no tempo em que foram buscar este manual, os árbitros não escreviam, tinham medo. Mas esqueceram-se que hoje há árbitros com coragem, que não se deixam intimidar, que escrevem. Quero aqui apelar a todos os árbitros que escrevam tudo: ameaças de dirigentes, ofensas de presidentes, vídeos a passar no seu balneário. Que escrevam tudo, seja de Benfica, FC Porto ou Sporting. Se for de Sporting, sou o primeiro a criticar.”

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Episódios “caricatos” e uma acusação dura: “É preciso não ter vergonha”

O presidente leonino aproveitou ainda para ironizar o protesto do FC Porto no jogo frente ao Famalicão:
“Estava a ver o Famalicão–FC Porto e houve um protesto de arbitragem, informaram que iam entrar sozinhos em campo, mas não é que a equipa do FC Porto foi solidária e entrou com os árbitros contra a pressão sobre a arbitragem? É preciso não ter vergonha. É preciso ter o atrevimento de tratar as pessoas como atrasados mentais.”

Numa comparação com a anterior liderança portista, Varandas fez questão de vincar diferenças:
“Quem escreveu aquele manual, o anterior presidente do FC Porto, que temos entre mim e ele um mundo que nos separa, mas tenho de reconhecer que era uma pessoa sumamente inteligente e jamais faria esta segunda parte. É simplesmente patética.”

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Crítica final ao VAR: “É preciso alguém que não vá lá desligar”

Varandas encerrou o ataque com uma farpa dirigida às recentes queixas de Villas-Boas sobre as condições do VAR em Portugal:
“Ainda sobre o presidente do FC Porto, ouvi-o muito preocupado com o VAR e com as condições deficitárias com que o VAR é instalado em vários recintos do futebol português. Não basta ter bons estádios. É preciso também alguém que não vá lá desligar o VAR.”

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