Renato Sanches brilhou no Mundial de Clubes e reacendeu a discussão em torno do seu futuro. Apesar de uma época marcada por lesões, o médio português mostrou, nos EUA, que continua a ter argumentos para competir ao mais alto nível. Quer continuar na Luz, sente-se em casa e acredita que ainda pode dar muito ao clube. Mas, para que isso aconteça, vários factores terão de conjugar-se – e não está nada fácil.
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O próprio jogador reconhece que a temporada foi dura, marcada por ausências prolongadas e uma frustração constante com os problemas físicos que o afastaram do relvado. Em alguns momentos, chegou a quebrar emocionalmente. No entanto, nunca deixou de trabalhar para voltar. E fê-lo com impacto.
Nos três jogos do Mundial de Clubes, foi utilizado em todas as partidas: titular contra Boca Juniors e Bayern Munique, suplente utilizado frente ao Auckland City, jogo em que ainda marcou um golo. O próprio Bruno Lage reconheceu o seu valor:
«Renato fez grande exibição e é grande jogador. Estamos muito felizes com o desempenho dele neste Mundial. Pode fazer várias posições».
Apesar desta recuperação, o cenário não é simples. O Benfica não está disposto a pagar os 10 milhões de euros da cláusula de compra ao PSG. E a permanência do médio só será considerada se for possível garantir condições ainda mais vantajosas do que as acordadas esta época, em que o pagamento do salário estava condicionado ao número de jogos realizados – metas que Renato não atingiu.
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Além disso, a estratégia do Benfica para o mercado pode acabar por ditar o fim da ligação. O clube da Luz procura reforçar o meio-campo e Thiago Almada é o principal alvo para o lugar que atualmente pertence a Renato. A prioridade da estrutura passa por soluções mais constantes e com menor risco físico, o que complica ainda mais a continuidade do internacional português.
Renato quer ficar, sim. Mas as contas do Benfica, os planos para o plantel e a prudência em relação ao seu historial clínico tornam esta possibilidade difícil de concretizar.