A crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e outras potências mundiais, particularmente a China e a União Europeia, motivada pelas políticas de tarifas promovidas por Donald Trump, está a levantar preocupações no mundo do desporto — e não apenas nos bastidores económicos. À medida que o antigo presidente norte-americano avança com promessas de novas tarifas e restrições em caso de reeleição, os reflexos começam a ser sentidos nos grandes eventos desportivos, na logística internacional e até no equilíbrio competitivo entre clubes e seleções.
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🏟️ Impacto nos grandes eventos: dos Jogos Olímpicos ao Mundial
A organização de eventos como os Jogos Olímpicos ou os Campeonatos do Mundo — que dependem fortemente de uma teia global de fornecimentos, patrocínios, tecnologia e logística — pode ser profundamente afectada por medidas protecionistas. Desde o transporte de equipamentos, passando por parcerias tecnológicas com empresas asiáticas ou europeias, até à transmissão televisiva internacional, a cadeia logística pode encarecer ou até ser inviabilizada em certos cenários.
Por exemplo, uma tarifa elevada sobre equipamentos eletrónicos oriundos da China pode inflacionar os custos de fornecimento de tecnologia de vídeo-arbitragem (VAR), equipamentos de transmissão ou sistemas de análise de performance.
💼 Clubes e atletas: desequilíbrio competitivo à vista?
Os clubes desportivos, em particular os norte-americanos, podem ver-se prejudicados ou beneficiados consoante a forma como as tarifas forem aplicadas. Um exemplo prático: se os EUA impuserem tarifas sobre calçado desportivo ou têxteis, marcas como a Nike ou Adidas poderão ser forçadas a ajustar os seus contratos e preços, afetando as suas relações com clubes e atletas. Isso pode desequilibrar o mercado global, tornando certos clubes menos competitivos na contratação de atletas ou no acesso a equipamentos de ponta.
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Além disso, os próprios atletas podem ser apanhados na turbulência: se as tarifas atingirem serviços financeiros ou contratos publicitários com empresas estrangeiras, os rendimentos e direitos de imagem podem sofrer cortes ou renegociações complexas.
📉 Risco para ligas internacionais e acordos de transmissão
Ligas como a NBA, NFL ou mesmo a MLS dependem fortemente de receitas internacionais, especialmente dos mercados asiáticos e europeus. Uma guerra de tarifas poderá complicar as negociações de direitos televisivos fora dos EUA, dificultando o acesso a mercados chave e reduzindo a visibilidade global das competições.
O futebol, embora mais globalizado e com epicentro na Europa, também não está imune: torneios como a International Champions Cup ou as digressões de pré-época nos EUA podem tornar-se logisticamente e financeiramente mais complicadas.