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Internacional
09/04/25

Guerra de tarifas de Trump pode abalar equilíbrio no desporto global

Impacto nos grandes eventos desportivos e nas estruturas competitivas pode ser mais profundo do que se pensa.

A crescente tensão comercial entre os Estados Unidos e outras potências mundiais, particularmente a China e a União Europeia, motivada pelas políticas de tarifas promovidas por Donald Trump, está a levantar preocupações no mundo do desporto — e não apenas nos bastidores económicos. À medida que o antigo presidente norte-americano avança com promessas de novas tarifas e restrições em caso de reeleição, os reflexos começam a ser sentidos nos grandes eventos desportivos, na logística internacional e até no equilíbrio competitivo entre clubes e seleções. 

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🏟️ Impacto nos grandes eventos: dos Jogos Olímpicos ao Mundial 

A organização de eventos como os Jogos Olímpicos ou os Campeonatos do Mundo — que dependem fortemente de uma teia global de fornecimentos, patrocínios, tecnologia e logística — pode ser profundamente afectada por medidas protecionistas. Desde o transporte de equipamentos, passando por parcerias tecnológicas com empresas asiáticas ou europeias, até à transmissão televisiva internacional, a cadeia logística pode encarecer ou até ser inviabilizada em certos cenários. 

Por exemplo, uma tarifa elevada sobre equipamentos eletrónicos oriundos da China pode inflacionar os custos de fornecimento de tecnologia de vídeo-arbitragem (VAR), equipamentos de transmissão ou sistemas de análise de performance. 

💼 Clubes e atletas: desequilíbrio competitivo à vista? 

Os clubes desportivos, em particular os norte-americanos, podem ver-se prejudicados ou beneficiados consoante a forma como as tarifas forem aplicadas. Um exemplo prático: se os EUA impuserem tarifas sobre calçado desportivo ou têxteis, marcas como a Nike ou Adidas poderão ser forçadas a ajustar os seus contratos e preços, afetando as suas relações com clubes e atletas. Isso pode desequilibrar o mercado global, tornando certos clubes menos competitivos na contratação de atletas ou no acesso a equipamentos de ponta. 

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Além disso, os próprios atletas podem ser apanhados na turbulência: se as tarifas atingirem serviços financeiros ou contratos publicitários com empresas estrangeiras, os rendimentos e direitos de imagem podem sofrer cortes ou renegociações complexas. 

📉 Risco para ligas internacionais e acordos de transmissão 

Ligas como a NBA, NFL ou mesmo a MLS dependem fortemente de receitas internacionais, especialmente dos mercados asiáticos e europeus. Uma guerra de tarifas poderá complicar as negociações de direitos televisivos fora dos EUA, dificultando o acesso a mercados chave e reduzindo a visibilidade global das competições. 

O futebol, embora mais globalizado e com epicentro na Europa, também não está imune: torneios como a International Champions Cup ou as digressões de pré-época nos EUA podem tornar-se logisticamente e financeiramente mais complicadas. 

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🛡️ A diplomacia desportiva em risco? 

A crescente tensão comercial pode também afetar o papel do desporto como ponte diplomática. Acordos entre federações, intercâmbios juvenis e mesmo candidaturas conjuntas a eventos internacionais podem ser colocados em pausa ou revistos, especialmente se os interesses nacionais sobrepuserem-se aos consensos multilaterais que o desporto costuma promover. 

⚖️ Um futuro incerto para o desporto global 

Se Donald Trump voltar à Casa Branca e implementar as promessas comerciais que tem feito, o mundo do desporto poderá ver-se confrontado com um novo paradigma. Um onde o protecionismo económico impacta diretamente a globalização desportiva, colocando em causa valores como igualdade, acesso e cooperação internacional. 

Num contexto em que o desporto depende cada vez mais de redes intercontinentais — de atletas, marcas, patrocínios e público —, a guerra das tarifas pode acabar por prejudicar o que de mais universal tem o desporto: a sua capacidade de unir, independentemente de fronteiras. 

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André Miguel Rodrigues