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Nacional
03/07/25

Quem são as favoritas à conquista do Europeu Femenino?

Depois do brilho olímpico dos EUA, que derrotaram o Brasil na final dos Jogos de Paris, o foco do futebol feminino volta-se agora para o Velho Continente.

Depois do brilho olímpico dos EUA, que derrotaram o Brasil na final dos Jogos de Paris, o foco do futebol feminino volta-se agora para o Velho Continente. O Campeonato da Europa Feminino arranca com uma promessa de rivalidade intensa, talento emergente e contas por ajustar. Espanha, Inglaterra e Alemanha surgem no topo da lista de favoritas, enquanto França, Suécia e Países Baixos espreitam uma oportunidade para surpreender. 

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Inglaterra: a candidata com mais talento… mas menos estabilidade 

As inglesas chegam como detentoras do título europeu, conquistado em 2022 em casa, mas a caminhada desde então tem sido irregular. Após atingirem a final do Mundial 2023, falharam a qualificação para os Jogos Olímpicos e viram escapar a Final Four da Liga das Nações, deixando no ar dúvidas sobre a continuidade do sucesso. 

Sarina Wiegman tem experimentado várias abordagens tácticas – do 4-1-4-1 ao 3-1-4-2, passando pelo mais tradicional 4-2-3-1 – numa tentativa de equilibrar talento ofensivo com consistência defensiva. A renovação do grupo trouxe nomes promissores como Hannah Hampton e Michelle Agyemang, mas também significou o afastamento de figuras emblemáticas como Mary Earps, Millie Bright e Fran Kirby. 

Apesar das dúvidas recentes, incluindo empates e derrotas frente a selecções teoricamente inferiores, a Inglaterra continua, no papel, a ser o plantel mais profundo e equilibrado do torneio. O desafio será traduzir esse potencial em rendimento dentro de campo. 

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Espanha: continuidade, talento e um modelo à imagem do Barça

Campeã do Mundo em 2023 e vencedora da Liga das Nações, a Espanha mantém-se como uma força dominante. Mas a recente eliminação nas meias-finais dos Jogos Olímpicos frente ao Brasil lançou sombras sobre o comando técnico de Montse Tomé, que substituiu Jorge Vilda na sequência do escândalo Rubiales.

A Roja mantém uma identidade muito próxima da do Barcelona feminino, com sete titulares vindas directamente da equipa catalã. A ausência de Aitana Bonmatí, afastada por meningite, abriu espaço a Vicky López, mas é Clàudia Pina quem tem assumido o protagonismo, com quatro golos e duas assistências nos últimos cinco jogos.

A vitória sobre o Japão (3-1) e a desforra frente à Suíça, que as havia goleado no último Mundial, reforçam a ideia de que esta é uma seleção pronta para repetir conquistas. Mas persistem críticas à falta de evolução táctica desde a saída de Vilda.

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Alemanha: juventude, talento… e um passado recente de desilusões

A Alemanha procura reencontrar o caminho das vitórias depois de um ciclo marcado por quedas prematuras. Saiu da fase de grupos no Mundial 2023, perdeu a final do último Europeu e falhou o apuramento para os Jogos Olímpicos. A transição ficou marcada pela saída de Martina Voss-Tecklenburg, substituída por Christian Wück, que iniciou uma renovação profunda do plantel.

Nomes históricos como Alexandra Popp e Svenja Huth deram lugar a uma nova geração: Janina Minge, Rebecca Knaak, Selina Cerci e Jule Brand ganharam protagonismo num sistema 4-2-3-1 que ainda procura consistência. Ann-Katrin Berger assumiu a baliza, e Lea Schüller é a nova referência ofensiva.

Com cinco vitórias e um empate na Liga das Nações, os sinais são promissores, mas os desaires recentes frente à Austrália e à Itália mostram que há ainda arestas por limar.

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Outsiders com ambição: França, Suécia e Países Baixos

A França entra no Europeu embalada por uma série de oito vitórias consecutivas. Apesar de nunca ter conquistado um título maior, a selecção orientada por Laurent Bonadéi acredita estar finalmente pronta para quebrar essa barreira. Jogadoras como Kelly Gago e Grace Geyoro assumem o favoritismo, mesmo que o técnico prefira o rótulo de “outsider”.

A Suécia chega invicta na Liga das Nações e com historial de boas campanhas. A grande dúvida é Fridolina Rolfö, cuja condição física poderá ser determinante para as aspirações suecas.

Já os Países Baixos procuram recuperar o brilho do título europeu conquistado em 2017. Uma pesada derrota frente à Alemanha (4-0) abalou a confiança, mas o regresso de Vivianne Miedema — que recupera de lesão — pode mudar o rumo da equipa no momento certo.

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Conclusão:

O Europeu Feminino 2025 promete ser uma das edições mais equilibradas de sempre. A Inglaterra parte como favorita no papel, a Espanha quer provar que é mais do que um reflexo do Barcelona, e a Alemanha entra em reconstrução com olhos postos no futuro. Pelo meio, há outsiders a prometer espectáculo e surpresas. Que comece a festa do futebol europeu.

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André Miguel Rodrigues