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Nacional
21/10/25 às 17:30

Os Planos de Jogo e os Homens-Chave: Tudo o Que Pode Esperar do Newcastle–Benfica

Esta noite, em St James’ Park, não se joga apenas uma jornada da Liga dos Campeões. Saiba mais pormenores e partilhe a sua opinião.

Esta noite, em St James’ Park, não se joga apenas uma jornada da Liga dos Campeões

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Joga-se uma ideia de futebol. De um lado, o Newcastle de Eddie Howe, pressionado por resultados irregulares e à procura de consistência. 

Do outro, o Benfica de José Mourinho, ainda em construção, mas com a inteligência e o pragmatismo de quem sabe transformar o caos em estratégia. 

As tácticas em confronto 

Newcastle deve manter o seu 4-3-3 tradicional, uma estrutura assente na posse rápida e na largura dos extremos. 

O problema? As falhas defensivas. Sem a solidez da época passada e com a equipa a perder energia a meio dos jogos, os ingleses têm sofrido com equipas compactas e que exploram as costas dos laterais. 

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Já o Benfica viaja com um 4-2-3-1 de matriz mourinhista: dois médios a proteger a defesa, um trio móvel de apoio ao ponta-de-lança, e uma mentalidade muito clara — primeiro não sofrer, depois ferir

O foco de Mourinho será controlar o centro do campo e evitar transições rápidas. 

O objectivo: reduzir o jogo do Newcastle a cruzamentos e bolas longas. 

O bloco defensivo encarnado 

Trubin é cada vez mais um guarda-redes de Champions: frio, atento e com boa saída de bola. 

À frente dele, António Silva e Otamendi formam uma dupla de gerações distintas, mas complementares. 

Nas laterais, Amar Dedic e Samuel Dahl serão essenciais — não apenas a defender, mas também a oferecer linhas de passe curtas que ajudem o Benfica a respirar sob pressão. 

O Benfica sabe que sobreviver à primeira meia hora é meio caminho para disputar o resultado. Mourinho vai querer o bloco baixo, linhas próximas e máxima concentração. 

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Meio-campo: o coração da estratégia 

O motor da equipa está no duplo pivot Richard Rios – Enzo Barrenechea

Ambos têm bom sentido posicional e não se aventuram desnecessariamente. São o seguro de vida da estrutura. 

Mais à frente, Fredrik Aursnes assume o papel de equilíbrio, recuando quando necessário e apoiando Georgiy Sudakov, o verdadeiro cérebro do ataque encarnado. 

O ucraniano tem a missão de quebrar linhas com passe vertical e encontrar Lukebakio nas alas — uma das chaves para explorar as debilidades defensivas do Newcastle. 

O ataque: Pavlidis e a arte do momento certo 

No topo, Vangelis Pavlidis é o tipo de avançado que Mourinho aprecia: trabalhador, paciente e clínico. 

Não precisa de muitas oportunidades — basta uma. 

O seu duelo com Sven Botman e Thiaw promete ser físico e tenso. 

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O plano encarnado passa por aproveitar a velocidade de Lukebakio e a inteligência de Aursnes para criar situações de 2-para-2. 

Nada de posse estéril, nada de pressing alto suicida. Mourinho quer o jogo no erro do adversário — e se há campo onde o Newcastle costuma errar, é precisamente nas saídas sob pressão. 

Do outro lado: um Newcastle nervoso e perigoso 

O Newcastle deverá alinhar com Pope na baliza, TrippierBotmanThiaw e Burn na defesa, e um meio-campo com Bruno GuimarãesTonali (ou Miley, se não recuperar) e Joelinton

Na frente, Anthony GordonWoltemade e Jacob Murphy formam o trio que promete testar a concentração encarnada. 

A equipa inglesa tem qualidade, mas também um problema recorrente: quando é obrigada a circular a bola sem espaço, perde paciência. E Mourinho é perito em explorar precisamente esse desgaste psicológico. 

Três jogadores-chave para ficar de olho 

  • Sudakov (Benfica) → A batuta criativa. Se o ucraniano encontrar espaço entre linhas, o Newcastle vai sofrer. 
  • Bruno Guimarães (Newcastle) → O cérebro inglês. Mourinho tentará isolá-lo, cortando-lhe linhas de passe. 
  • Pavlidis (Benfica) → O homem do golo. Pede pouco e entrega muito. Num jogo assim, pode ser a diferença. 

Expectativas 

O Benfica chega como outsider, mas com uma vantagem importante: não tem nada a perder

O Newcastle joga em casa, mas sabe que um deslize pode torná-lo alvo de críticas pesadas da imprensa inglesa. 

Será, no fundo, um duelo de nervos. 

Mourinho joga com o relógio, Howe joga com o público. 

E no futebol europeu, raramente ganha quem corre mais — ganha quem pensa melhor. 

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