Pode ter um ar de galã latino e já ter marcado em finais importantes, mas Álvaro Morata, avançado internacional espanhol, tem um lado que nem todos conhecem – e que nem sempre é fácil de suportar. Num momento de rara vulnerabilidade, o jogador revelou que passou por pensamentos autodestrutivos antes do Euro 2024, incluindo a ideia de fingir uma lesão para não ir representar a selecção.
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A revelação surge no documentário da Movistar “No saben quién soy” (“Não sabem quem eu sou”), onde Morata abre o coração e partilha episódios íntimos que têm marcado a sua carreira – mais pelos fantasmas do que pelas fintas.
Críticas que magoam… e não só no relvado
Depois de falhar uma grande penalidade frente a Portugal na final da Liga das Nações (derrota por 5-3 nos penáltis após empate 2-2), Morata voltou a estar debaixo de fogo. Mas o avançado deixou claro que as críticas constantes, muitas vezes dirigidas também à sua família, deixaram cicatrizes invisíveis:
“Tive muitos pensamentos autodestrutivos. Foram pensamentos horríveis. Passou-me pela cabeça fingir uma lesão só para não ter de ir ao Europeu”, confessou, em declarações citadas pelo The Athletic.
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Morata não se ficou por aí:
“Questionava-me se valia a pena continuar a jogar por Espanha se, em todos os sítios onde fosse, insultavam-me a mim e à minha família. Há muitos adeptos que gostam de mim, mas há outros que não me querem lá”.
Uma carreira cheia de voltas e contravoltas
Aos 32 anos, Morata tem vivido uma carreira agitada, com mais clubes do que alguns têm pares de chuteiras. Passou pelo Real Madrid, Juventus, Chelsea, Atlético de Madrid, AC Milan e, mais recentemente, foi emprestado ao Galatasaray. Um verdadeiro cidadão da Europa do futebol, mas nem por isso imune às dores que vêm de fora das quatro linhas.
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O caso de Morata é um lembrete claro de que nem todos os craques vivem numa bolha de fama e fortuna. Às vezes, o maior adversário não está no campo… está na cabeça.