A transferência de Samuel Lino do Atlético de Madrid para o Flamengo, oficializada esta quarta-feira, vai representar o maior encaixe da história do Gil Vicente. Mesmo já tendo deixado Barcelos em 2022, o clube minhoto soube salvaguardar os seus interesses e, graças a cláusulas bem colocadas, poderá arrecadar um total de 11,8 milhões de euros, caso todos os objetivos do negócio sejam cumpridos.
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O Flamengo pagou 22 milhões de euros pelo avançado brasileiro, tornando Lino na transferência mais cara da história do clube carioca. O Gil Vicente, que o contratou em 2019 e o vendeu ao Atlético de Madrid em 2022 por 6,5 milhões, manteve na altura 20% de uma futura venda, e são esses 20% que agora se traduzem em mais 4,4 milhões de euros garantidos – com possibilidade de aumentarem para cinco milhões, caso os três milhões de objetivos sejam atingidos.
Mas não fica por aqui. A este valor somam-se ainda os direitos de formação, relativos aos três anos que Lino passou em Barcelos, entre 2019 e 2022. Por essa via, o Gil Vicente tem direito a 1,5% do total do negócio, o que equivale a mais 330 mil euros. No imediato, o encaixe global com esta venda atinge assim 4,73 milhões de euros. E se os objectivos forem todos cumpridos, o valor sobe para os 5,3 milhões.
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Negócio visionário
Com este encaixe adicional, o total da transferência de Samuel Lino (considerando os 6,5 milhões recebidos em 2022 e os valores agora garantidos com a venda ao Flamengo) atinge os 11,2 milhões de euros — valor que pode subir até 11,8 milhões se forem cumpridas todas as metas estipuladas no contrato entre o Atlético e o clube brasileiro.
Ou seja, Samuel Lino já ultrapassou oficialmente Fran Navarro como a maior venda da história do Gil Vicente. Recorde-se que o espanhol foi transferido para o FC Porto por sete milhões de euros em 2023.
Este negócio é também mais uma demonstração da crescente profissionalização da SAD gilista, que tem sabido valorizar os seus activos e tirar partido de cláusulas bem negociadas. Numa altura em que os clubes da Liga Portugal enfrentam grandes desafios financeiros, operações como esta são verdadeiros balões de oxigénio — e, neste caso, um prémio para quem acreditou no talento de um jovem avançado brasileiro que chegou a Barcelos sem grande mediatismo, mas com muita qualidade.
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