A goleada sofrida pelo Azerbaijão diante da Islândia (5-0), na estreia da qualificação para o Mundial 2026, deixou o selecionador Fernando Santos sob enorme pressão. A federação local exige responsabilidades e admite afastar o treinador caso este não abandone o cargo por livre vontade.
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Na sequência do desaire, Jahangir Farajullayev, secretário-geral da federação azeri de futebol, foi contundente nas críticas ao técnico luso: “Não há nada a dizer, mas ao mesmo tempo quero dizer muito. Estes rapazes não merecem tal gestão e resultados. Respeitamos o adversário, mas se jogarmos assim com este adversário e ficarmos na defesa desde os primeiros minutos, então esses são os nossos problemas”.
O dirigente acusou Santos de ter falhado na preparação e de demonstrar uma postura inaceitável para com o país: “O sistema foi escolhido incorretamente. O treinador não fez o seu trabalho de casa. A atitude do treinador em relação ao futebol do Azerbaijão e ao povo é incorreta. Vamos ouvir Fernando Santos na conferência de imprensa após o jogo. Espero que este homem assuma a responsabilidade. Não precisamos de um futebol tão cobarde”.
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Farajullayev foi mais longe e deixou claro que a federação espera um gesto do selecionador, mas que está pronta a agir caso não aconteça: “Se o treinador não se demitir, tomaremos medidas. Estamos à espera da decisão certa da parte dele”.
No entanto, de acordo com o portal AzeriSport, Fernando Santos já terá decidido que não colocará o lugar à disposição. Caso seja afastado, o treinador português deverá receber uma indemnização de cerca de dois milhões de euros, valor do qual não abdica.
Fernando Santos assumiu o comando técnico do Azerbaijão em 2024, assinando um contrato válido até 2027. A continuidade do treinador de 69 anos, campeão da Europa com Portugal em 2016, encontra-se agora envolta em grande incerteza após apenas um jogo nesta fase de qualificação.