Rui Costa foi esta quarta-feira ouvido em tribunal no âmbito do processo Saco Azul, que envolve a Benfica SAD e outros antigos responsáveis do clube da Luz.
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O atual presidente dos encarnados, na condição de representante da SAD — uma das arguidas —, garantiu que desconhecia o contrato em causa com a empresa QuestãoFlexível, mas que mais tarde lhe foi explicado e que não encontrou qualquer motivo de desconfiança.
«Nada leva a crer que não tenha sido uma coisa importante para o clube», afirmou Rui Costa perante o juiz, antes de rematar com a expressão popular: «Isto não bate a bota com a perdigota!»
O líder das águias explicou que, à data dos factos, exercia funções como diretor para o futebol e vogal da administração, com responsabilidades centradas no acompanhamento da equipa e do treinador, afastando-se da vertente financeira e contratual da SAD.
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Questionado sobre os nomes envolvidos — como José Raposo, José Bernardes e Paulo Silva —, Rui Costa declarou não os conhecer, sublinhando que, na estrutura da altura, era comum Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira assinarem contratos sem que os mesmos passassem pelo conselho de administração.
«Não existiu qualquer report sobre este contrato. É possível que tenha sido assinado sem passar pelo CA», admitiu.
O presidente encarnado reiterou ainda que nunca presenciou circulação de dinheiro vivo na SAD e que não tem conhecimento de qualquer vantagem ilícita — desportiva ou financeira — relacionada com o processo.
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Rui Costa revelou ainda que, após a constituição do Benfica como arguido, foi aberta uma investigação interna, liderada por Miguel Moreira, que terá validado a veracidade do contrato com a referida empresa.
«Bem sei o que tivemos de fazer para vencer, para ganhar jogos… Isto não bate a bota com a perdigota», reiterou, afastando qualquer suspeita de comportamento fraudulento em contexto desportivo.
📌 O que está em causa no processo?
O Saco Azul investiga alegados pagamentos em numerário e gestão danosa na estrutura da SAD do Benfica, entre 2016 e 2018. A acusação aponta para a existência de uma contabilidade paralela e pagamentos não justificados, com a SAD do Benfica, a Benfica Estádio, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira entre os arguidos.
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