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Nacional
25/03/25

Sandra Madureira diz o que não deve em tribunal e a juíza não perdoou

A quinta sessão do julgamento da Operação Pretoriano trouxe a público novas revelações sobre a AG do FC Porto.

A quinta sessão do julgamento da Operação Pretoriano, que decorre no Tribunal de São João Novo, no Porto, trouxe a público novas revelações sobre os acontecimentos que marcaram a conturbada Assembleia Geral do FC Porto de 13 de novembro de 2023. 

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Desta vez foi José Saldanha, agente da PSP, quem prestou depoimento, revelando mensagens de WhatsApp trocadas entre os arguidos e descrevendo comportamentos considerados intimidatórios e organizados.

Segundo o testemunho, várias mensagens partilhadas em grupos de WhatsApp demonstram uma alegada preparação para condicionar o ambiente na AG. Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, escreveu: «Passem à frente na fila», ao passo que a mulher, Sandra Madureira, acrescentou: «Não é para deixar ninguém filmar.» Já Carlos Nunes (conhecido por “Jamaica”) escreveu: «Merecem levar na boca, esses ingratos.»

As mensagens após a AG revelam também um tom de continuidade e ameaça. Sandra Madureira escreveu: «Temos de voltar, mas com mais cabeça. Se tiver que ser igual, que seja.» Já Fernando Madureira enviou uma mensagem agressiva a uma alegada associada dos Super Dragões: «Vais começar a pedir bilhetes ao Villas-Boas, próxima vez que te vir num jogo vais pelos cabelos.» Em outro grupo, terá escrito: «Se aparecerem no nosso meio vão levar no focinho.»

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Saldanha relatou ainda episódios específicos que ocorreram durante a AG. Sandra Madureira terá discutido com um adepto que estava a filmar, chegando a mexer-lhe no telemóvel e a envolver-se em mais confrontos na bancada. Um dos momentos mencionados envolveu também Vítor Aleixo (pai), que terá agredido um adepto com um “cachaço”.

Outro dos pontos críticos do depoimento prendeu-se com o alegado assalto ao bar do pavilhão, onde vários arguidos terão descido as bancadas em direcção às instalações encerradas, recolhendo e atirando garrafas. Segundo José Saldanha, Vítor Aleixo (filho) atirou garrafas de água, enquanto Hugo Carneiro (Polaco), José Dias e Carlos Nunes também foram identificados com objectos nas mãos.

O agente descreveu ainda a entrada forçada de indivíduos no pavilhão, alegadamente facilitada por Hugo Carneiro, que abriu uma porta deliberadamente, permitindo o acesso descontrolado de dezenas de pessoas.

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Também os jornalistas presentes foram alvo de ameaças. Em gravações analisadas, é possível ouvir Vítor Catão a ameaçar equipas de reportagem da CMTV e da SIC, além de gritar contra jornalistas junto à cancela de entrada. As imagens foram captadas por Carlos Nunes e encontradas no seu telemóvel.

A sessão terminou com um momento de tensão, quando Sandra Madureira, em tom audível, comentou: «Nunca vi isto!» — levando a juíza Ana Dias a intervir: «Tem alguma coisa a dizer ao tribunal, senhora Sandra?» Ao que a antiga vice-presidente dos Super Dragões respondeu: «Não, senhora juíza.»

O julgamento prossegue nos próximos dias, mantendo o foco nas alegações de organização violenta e tentativa de controlo de momentos-chave da vida interna do FC Porto.

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