A história de Andy Carroll – que chegou a auferir 100 mil euros por semana no Liverpool e hoje ganha menos que o salário mínimo em França – está longe de ser um caso isolado. O futebol, com a sua capacidade quase mágica de transformar miúdos em milionários, também é impiedoso quando os holofotes se apagam.
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Mas este é um fenómeno que também conhecemos em Portugal e no Brasil, onde o abismo entre a promessa e a realidade já engoliu muitos nomes com talento (ou, pelo menos, com projeção mediática).
🇵🇹 Portugal: do estrelato ao anonimato
Fábio Paim: o exemplo clássico
É impossível falar de carreiras falhadas em Portugal sem mencionar Fábio Paim. O jogador que Cristiano Ronaldo dizia ser “melhor do que ele” acabou por nunca se afirmar. Com passagens por Sporting, Chelsea, Real Massamá, 1.º Dezembro (e uma lista infindável de clubes), foi mais notícia pelas suas escapadelas fora do relvado do que pelo que fez dentro dele. Hoje, é presença frequente nas redes sociais e em programas de televisão, mas pela nostalgia do que poderia ter sido.
Carlos Martins e Manuel Fernandes: talento vs. estabilidade
Ambos internacionais A por Portugal, Carlos Martins e Manuel Fernandes viveram períodos de altíssimo nível. Mas decisões discutíveis, lesões e episódios de instabilidade (em campo e fora dele) acabaram por impedir carreiras mais consistentes. Nenhum caiu em desgraça financeira, mas a aura que os rodeava desapareceu muito cedo.
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🇧🇷 Brasil: entre craques de bairro e contratos milionários
Adriano “Imperador”: o peso da mente
Adriano foi um fenómeno. Com uma força física e uma capacidade técnica invejáveis, brilhou no Inter de Milão e parecia destinado ao trono. Mas problemas pessoais e a morte do pai empurraram-no para a depressão. O regresso ao Brasil foi curto, e a carreira terminou sem o desfecho que o seu talento merecia. Hoje, vive de aparições esporádicas e dos seus investimentos – e de um carinho imenso do povo brasileiro.
Lulinha: o “novo Pelé” que desapareceu
Em 2007, Lulinha era o maior nome da base do Corinthians. Marcava golos a rodos nas seleções jovens e parecia predestinado ao estrelato. Mas a pressão e o peso da expectativa fizeram-no sucumbir. Passou por Bahia, Ceará, Chipre, Coreia do Sul, Japão, e recentemente estava na terceira divisão brasileira. O futebol não espera por ninguém, nem mesmo por um “próximo Pelé”.