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Internacional
06/04/25

Não é só Andy Carroll: Promessas falhadas de Portugal e Brasil

Entre promessas falhadas e escolhas duvidosas, o que leva um jogador a cair do topo? Os casos de Andy Carroll, mas também de nomes bem conhecidos em Portugal e no Brasil.

A história de Andy Carroll – que chegou a auferir 100 mil euros por semana no Liverpool e hoje ganha menos que o salário mínimo em França – está longe de ser um caso isolado. O futebol, com a sua capacidade quase mágica de transformar miúdos em milionários, também é impiedoso quando os holofotes se apagam.

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Mas este é um fenómeno que também conhecemos em Portugal e no Brasil, onde o abismo entre a promessa e a realidade já engoliu muitos nomes com talento (ou, pelo menos, com projeção mediática).

🇵🇹 Portugal: do estrelato ao anonimato

Fábio Paim: o exemplo clássico

É impossível falar de carreiras falhadas em Portugal sem mencionar Fábio Paim. O jogador que Cristiano Ronaldo dizia ser “melhor do que ele” acabou por nunca se afirmar. Com passagens por Sporting, Chelsea, Real Massamá, 1.º Dezembro (e uma lista infindável de clubes), foi mais notícia pelas suas escapadelas fora do relvado do que pelo que fez dentro dele. Hoje, é presença frequente nas redes sociais e em programas de televisão, mas pela nostalgia do que poderia ter sido.

Carlos Martins e Manuel Fernandes: talento vs. estabilidade

Ambos internacionais A por Portugal, Carlos Martins e Manuel Fernandes viveram períodos de altíssimo nível. Mas decisões discutíveis, lesões e episódios de instabilidade (em campo e fora dele) acabaram por impedir carreiras mais consistentes. Nenhum caiu em desgraça financeira, mas a aura que os rodeava desapareceu muito cedo.

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🇧🇷 Brasil: entre craques de bairro e contratos milionários

Adriano “Imperador”: o peso da mente

Adriano foi um fenómeno. Com uma força física e uma capacidade técnica invejáveis, brilhou no Inter de Milão e parecia destinado ao trono. Mas problemas pessoais e a morte do pai empurraram-no para a depressão. O regresso ao Brasil foi curto, e a carreira terminou sem o desfecho que o seu talento merecia. Hoje, vive de aparições esporádicas e dos seus investimentos – e de um carinho imenso do povo brasileiro.

Lulinha: o “novo Pelé” que desapareceu

Em 2007, Lulinha era o maior nome da base do Corinthians. Marcava golos a rodos nas seleções jovens e parecia predestinado ao estrelato. Mas a pressão e o peso da expectativa fizeram-no sucumbir. Passou por Bahia, Ceará, Chipre, Coreia do Sul, Japão, e recentemente estava na terceira divisão brasileira. O futebol não espera por ninguém, nem mesmo por um “próximo Pelé”.

 

⚖️ O peso das decisões e da entourage

O que une todos estes casos – de Carroll a Paim, de Adriano a Lulinha – é algo simples: o futebol profissional exige mais do que talento. Exige disciplina, estabilidade mental, boas decisões e um círculo de confiança que proteja o jogador de si mesmo. E, claro, sorte.

A fama, quando chega cedo, pode ser uma maldição disfarçada. E, muitas vezes, os clubes também têm a sua quota de responsabilidade: promovem jovens sem estrutura, vendem sonhos que não se concretizam e esquecem-se deles assim que o rendimento cai.

💬 Conclusão

O futebol continuará a produzir estrelas e a esquecê-las à mesma velocidade. Mas talvez histórias como a de Carroll sirvam para alertar os mais novos: um contrato milionário não garante uma carreira. Porque, como bem sabemos, não é chegar ao topo que é difícil. É lá ficar.

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