Na antevisão ao jogo da 30.ª jornada da I Liga frente ao Famalicão, o treinador do FC Porto, Martín Anselmi, destacou a importância de manter o foco no processo de trabalho, independentemente dos resultados.
“Os resultados são temporais. Há um resultado em cada ação e decisão. A partir daí, creio que os desportistas de elite não podem estar dependentes da sua forma de treinar, de viver o desporto e da sua forma de encarar uma semana através do resultado. Caso contrário, quando ganhamos vamos estar todos contentes a treinar e ter uma semana maravilhosa, e quando se perde, vamos treinar todos mal e uma semana péssima. Afinal, como fazer as coisas? Não depende dos resultados. Ganhas? Trabalhar. Perdes? Trabalhar. Empatas? Trabalhar. Trabalhar ao máximo, sempre, independentemente de qualquer resultado. É isso um atleta de elite. O foco está na tarefa, não no resultado. Quero sempre que sejam semanas maravilhosas. Faz parte do compromisso. Dar o máximo”.
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Anselmi também abordou a situação do jovem Rodrigo Mora, salientando a importância de manter o equilíbrio e o foco no trabalho, mesmo perante o “ruído” externo:
“O ruído neste mundo é inevitável, mas há uns que confundem mais que outros. Há ruídos para coisas boas e coisas más. Sigo com a resposta anterior. Um atleta de elite tem de saber conviver com o ruído. Ninguém nasce a saber como viver com ruído, mas é inevitável e há que aprender. A partir daí, vejo como cada um vai assimilando os ruídos e o qual o seu comportamento. Vejo o mesmo Rodrigo (Mora), desde o dia que cheguei até hoje. Creio que não precisa de uma intervenção da minha parte. O meu trabalho é trabalhar com ele e protegê-lo. Sinto assim. E fiz com outros jogadores semelhantes a ele. O ruído pode ir acrescentando. O importante é manter o equilíbrio. E ter o foco em trabalhar. Quando tens o foco em trabalhar, todo o ruído vai embora. Quanto melhor trabalhas, mais ruído vais criar”.
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O técnico argentino reforçou ainda a importância de jogar no Estádio do Dragão, destacando a ligação com os adeptos e o ambiente proporcionado em casa:
“Jogar em casa dá-me sensações distintas. Chegarmos ao Dragão, estarmos em nossa casa, o encontro com os nossos adeptos… Da minha parte, prefiro jogar sempre em casa. Acho que os jogadores sentem o mesmo. No final, são situações externas do que se passa dentro de campo. Regra geral, os campos têm todos as mesmas dimensões, mas jogar em casa, que nos empurra, é sempre bonito”.
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