Faz hoje 25 anos desde o inesquecível dia em que Luís Figo trocou o Barcelona pelo Real Madrid, numa transferência que marcou indelevelmente o futebol mundial.
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O diário Marca decidiu assinalar a efeméride com uma entrevista ao antigo internacional português—vencedor da Liga dos Campeões e da Bola de Ouro—e o ex-jogador não poupou palavras ao recordar o impacto desse negócio histórico.
Na altura, o Real Madrid pagou 60 milhões de euros ao Barcelona — um valor astronómico para a época. Interrogado pela Marca sobre o peso dessa transferência, Figo não duvidou:
“Mais famosa ou não, pode haver alguma contratação. Mas mais cara, não. Por isso ficou na história”.
Mesmo passadas duas décadas e meia, Figo realça que, apesar de o mercado ter evoluído, o montante pago por ele continua a ser um marco. Comparando com os valores astronómicos do futebol atual, afirmou com pragmatismo:
“Vendo os valores de hoje em dia, agora mesmo são peanuts, ou quase. Tudo pode acontecer, não quero meter a mão no fogo por ninguém porque hoje em dia se está a queimar muita gente. É mais complicado porque as cláusulas são muito altas hoje em dia”.
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A troca entre Barcelona e Real Madrid não foi apenas um movimento financeiro — foi um choque cultural que intensificou a rivalidade entre os dois clubes, particularmente porque Figo era uma das figuras mais acarinhadas pelo público catalão. A sua transferência provocou uma onda de indignação e memes nas redes, consolidando-o como um dos episódios mais emblemáticos na história dos superclássicos espanhóis.
Em resumo, há um quarto de século, Luís Figo protagonizou uma mudança que marcou uma nova era no futebol. Para além do valor monetário, o impacto cultural e mediático desse negócio continua a ser sentido, e o próprio Figo reconhece o lugar especial que essa transferência ocupa na memória coletiva do desporto-rei.