O avançado Gonçalo Borges, atualmente ao serviço do Feyenoord, concedeu uma longa entrevista ao jornal O Jogo, onde abordou em detalhe o processo da sua saída do FC Porto, no último mercado de transferências, e refletiu sobre o momento atual da equipa portista. A transferência rendeu cerca de 10 milhões de euros aos dragões, podendo atingir 11 milhões mediante o cumprimento de objetivos desportivos.
Logo no início da conversa, o jogador de 24 anos elogiou o treinador italiano Francesco Farioli, destacando a sua qualidade humana e tática.
“É um homem do futebol, boa pessoa, que compreende os vários momentos do jogo”, afirmou, acrescentando que, nas semanas em que trabalhou com o técnico, criou uma boa relação.
“Nas poucas semanas em que trabalhei com ele, criámos uma afinidade, e é engraçado que ele, de alguma maneira, não queria que eu saísse, mas a decisão já estava tomada. É um grande treinador, e isso reflete-se no grupo. Este ano, o FC Porto tem um grupo fantástico”.
Apesar do reconhecimento pelo trabalho do novo treinador, Gonçalo Borges admitiu que sentia o ciclo no FC Porto como encerrado, vendo na mudança para o futebol holandês um passo natural na sua carreira.
“O que eu tinha para jogar no FC Porto, já joguei. Obviamente que podia ter jogado mais, mas o meu tempo no clube já foi, e penso, sinceramente, que não podia ter escolhido melhor clube do que o Feyenoord”.
Veja também: O recado do treinador da Juventus para Rui Borges
O avançado referiu ainda que a adaptação à nova realidade tem sido positiva, realçando a qualidade e o ambiente saudável no balneário do Feyenoord.
“Partilho balneário com o William [Gomes], com o Borja [Sainz], com o Pepê, sou grande amigo deles, têm todos muita qualidade. O William está a fazer uma boa época, o Pepê também. São gente boa, bons jogadores. Não vou falar ‘se eu estivesse aí’, porque não estou, e o meu maior gosto é estar no Feyenoord.”
Mesmo de longe, Gonçalo Borges tem acompanhado com atenção o percurso do FC Porto, elogiando a evolução da equipa e o trabalho de Farioli.
“As semanas em que trabalhei na pré-época deram-me sensações muito positivas, e isso está a refletir-se. Chegaram jogadores novos, mas a essência da equipa não mudou. Pode dizer-se que houve muitas mudanças e que os resultados na época passada não eram tão bons, mas o que se vive agora também tem a ver com os ares novos”.
Veja também: FC Porto vai ser desclassificado? Especialista explica tudo
O extremo destacou a importância da ideia de jogo introduzida pelo treinador e da mentalidade coletiva do grupo.
“O treinador implementou uma ideia, que era o que faltava na temporada passada. Fico feliz por ver colegas com quem partilhei o balneário e com os quais falo ainda hoje muitas vezes estarem a sair-se bem. No ano passado, não eram os piores do mundo, e, agora, não são os melhores. A linha entre ser muito bom ou muito mau é ténue, ao ter bons ou maus resultados. Estão a ganhar, dentro da ideia do treinador, e isso é muito importante”.
Por fim, Gonçalo Borges partilhou uma reflexão sobre a mentalidade vencedora que aprendeu no FC Porto e que leva agora para o Feyenoord.
“Mais do que pensar se vai ter arcaboiço para ganhar o campeonato, é importante tê-lo para ganhar os próximos jogos. A caminhada vai-se fazendo, e, no final, fazem-se as contas. Foi assim que vivi o balneário, em 2021/22. A sensação foi sempre pensar jogo a jogo. Aqui, no Feyenoord, também temos essa mentalidade, sempre focados no próximo jogo. Isso é uma característica de clubes habituados a ganhar e que têm essa sede.”
Veja também: Álvaro Carreras solta palavrão em bom português e deixa tudo a rir (VÍDEO)
Entre elogios, maturidade e nostalgia, Gonçalo Borges mostrou-se orgulhoso pelo percurso feito no FC Porto, mas convicto de que o Feyenoord é o sítio certo para continuar a crescer.
Já deu uma vista de olhos aos vídeos apaixonantes do canal de YouTube do Adeptos de Bancada? Está convocado a fazer parte da nossa equipa! Subscreva o nosso canal aqui!
