Vagiannidis quer mais em Alvalade: “Ainda não mostrei o que sou capaz”

O lateral-direito grego foi uma das figuras do triunfo frente ao Aves SAD, ao assinar duas assistências para os golos de Maxi Araújo, mas no final do encontro deixou claro que sente margem para crescer e acrescentar ainda mais à equipa leonina.

Aos 24 anos, o internacional helénico trava uma luta intensa pela titularidade no lado direito da defesa com Iván Fresneda, de 21. Os números entre ambos são relativamente equilibrados, embora com ligeira vantagem para o espanhol: Fresneda soma 20 jogos e um golo com a camisola verde e branca, enquanto Vagiannidis participou em 16 encontros, destacando-se sobretudo no capítulo ofensivo, com cinco assistências. Um dado que confirma uma das principais características do grego, já evidente nos tempos em que atuava na Grécia.

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Após a partida de sábado, em declarações à Sporting TV, Vagiannidis fez uma análise honesta do seu momento. “É bom conseguir as assistências. Mas a verdade é que ainda me estou a adaptar à equipa. Ainda não mostrei o que sou capaz”, começou por admitir. O lateral sublinhou ainda as dificuldades naturais de uma mudança de contexto competitivo. “A transição não é fácil, de vir da liga grega para a portuguesa e a jogar Liga dos Campeões contra grandes clubes, com bons companheiros”, explicou.

Apesar disso, o jogador sente que está num processo de crescimento sustentado. “Tenho feito o meu melhor para ajudar e melhorar. Tenho muita qualidade à minha volta e os meus companheiros tentam ajudar-me muito. Penso que nos próximos meses vamos ver uma versão melhor de mim próprio”, garantiu, destacando ainda o ambiente interno do plantel. “Todos puxam uns pelos outros aqui e esse é o espírito dos campeões”, concluiu.

Depois de um início algo conturbado, Vagiannidis já se sente plenamente adaptado à vida em Lisboa, algo que também se explica pelo plano pessoal. A namorada do jogador decidiu mudar-se para a capital portuguesa, tendo inclusivamente encontrado emprego, um fator que contribuiu para maior estabilidade fora das quatro linhas.

O lateral-direito chegou ao Sporting no início de agosto, após negociações intensas com o Panathinaikos, clube ao qual os leões pagaram 12,5 milhões de euros pelo passe do jogador. No entanto, o interesse leonino não era recente. Segundo apurou A BOLA, Vagiannidis já tinha sido recomendado à estrutura do Sporting em janeiro do ano passado, depois de ter falhado a contratação de Alberto Costa, então no Vitória de Guimarães, que acabou por rumar à Juventus por uma verba superior à oferecida pelos leões.

Nessa altura, a transferência do grego chegou a estar bem encaminhada, mas acabou por não avançar porque Vagiannidis tinha renovado contrato pouco tempo antes com o Panathinaikos. Os dirigentes do clube grego entenderam que não seria sensato vender o jogador a meio da temporada logo após o prolongamento do vínculo.

O acordo celebrado entre Sporting e Panathinaikos inclui, além do valor fixo, dois bónus adicionais. Um deles está diretamente ligado à conquista da Liga portuguesa e corresponde a um milhão de euros, a liquidar no final da temporada caso os leões se sagrem campeões. O outro depende de um objetivo individual: quando Vagiannidis atingir 20 jogos com pelo menos 45 minutos em cada partida. Neste momento, o lateral contabiliza nove jogos que cumprem esse critério, pelo que o clube grego ainda terá de aguardar para receber esse segundo bónus.

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Com rendimento crescente, adaptação consolidada e ambição assumida, Georgios Vagiannidis quer afirmar-se definitivamente em Alvalade — e promete mostrar uma versão ainda melhor de si próprio nos próximos meses.