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Nacional
27/11/25 às 14:35

Eis os motivos que levaram a FIFA a perdoar castigo a Ronaldo

A FIFA tomou uma decisão sem precedentes ao suspender parcialmente o castigo aplicado a Cristiano Ronaldo, permitindo que o capitão da Seleção Nacional esteja disponível nos primeiros dois jogos do Mundial2026 — uma medida que continua a gerar debate internacional.

Kaveh Solhekol, jornalista da Sky Sports, revelou que o histórico disciplinar de Cristiano Ronaldo pesou decisivamente numa medida que descreveu como “uma decisão sem precedentes”.

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O Comité Disciplinar — órgão independente dentro da FIFA — considerou que o avançado, expulso frente à Irlanda por “conduta violenta”, merecia uma avaliação distinta, tendo cumprido apenas o jogo obrigatório com a Arménia e ficando com duas partidas de pena suspensa.

Solhekol começou por contextualizar o sentimento generalizado de surpresa: “Eu sei que a maioria dos adeptos olham para isto e dizem: ‘Vá lá. Há uma regra para Cristiano Ronaldo e uma regra para todos os outros’.”

O jornalista explicou de seguida como o processo decorreu:

“Não deveria jogar os primeiros dois jogos do Campeonato do Mundo porque recebeu um cartão vermelho por conduta violenta. É um castigo de três jogos. Já falhou o jogo contra a Arménia e não deveria jogar os primeiros dois jogos, mas o Comité Disciplinar da FIFA reuniu-se com um senhor dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Al-Kamali, e eles chegaram a esta decisão sem precedentes de que dois desses [três] jogos seriam de pena suspensa.”

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Uma das teorias que rapidamente ganhou força em vários países apontava para uma alegada influência externa, motivada pela recente presença de Cristiano Ronaldo na Casa Branca, ao lado de Donald Trump e Gianni Infantino.

Mas Solhekol rejeitou essa versão: “Significa isto que se Cristiano Ronaldo se comportar até ao início do Mundial, ele poderá jogar. (…) Não há nenhuma evidência de que tenha sido feita pressão junto do Comité Disciplinar.”

E reforçou: “Conheço o estatuto de Cristiano Ronaldo, sei que ele tem uma amizade crescente com o Presidente Trump neste momento, mas não há nenhuma evidência de pressão colocada no Comité. O Comité é independente e tomou esta decisão.”

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Há, no entanto, um aviso importante. A pena suspensa é válida por um ano, o que significa que qualquer expulsão — incluindo em jogos amigáveis — poderá reativar o castigo. Solhekol lembrou: “Acho que uma das razões pelas quais chegaram a essa decisão é porque Ronaldo tem um recorde quando se trata de jogos por Portugal. Nunca viu um cartão vermelho nestas 226 internacionalizações.”

E alertou para o que poderá acontecer em breve: “Mesmo em jogos amigáveis. Se vir um cartão vermelho — creio que Portugal vai jogar nos EUA, em Atlanta, em março — então será suspenso para o arranque do Mundial.”

Com esta decisão, Portugal mantém intacta a sua maior referência ofensiva para os primeiros jogos do Mundial2026, que decorrerá nos Estados Unidos, Canadá e México. Mas a polémica promete continuar, alimentada por acusações de favorecimento e por uma medida disciplinar que, como sublinha Solhekol, não tem paralelo em casos recentes de expulsão por conduta violenta.

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