Noronha Lopes revela planos para Mourinho e Bernardo Silva

João Noronha Lopes, candidato às eleições do próximo sábado para a presidência do Benfica, concedeu uma extensa entrevista à Rádio Renascença onde delineou as prioridades do seu projeto, deixando garantias quanto ao treinador José Mourinho, a possível contratação de Bernardo Silva e críticas duras ao atual presidente, Rui Costa.

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Sobre Mourinho, o candidato foi claro: “Uma das primeiras medidas do meu mandato vai ser sentar-me com o José Mourinho, eu, o Nuno Gomes, o Pedro Ferreira e a nossa equipa. Vou-lhe dizer o que é que nós temos que fazer para ser campeões este ano (...). Mourinho é um grande treinador e à medida da grandeza do Benfica. Acho que Mourinho é uma boa solução, tem o meu apoio, será o treinador do Benfica e é com ele que eu vou trabalhar”.

Noronha Lopes revelou ainda a ambição de concretizar o regresso de Bernardo Silva ao clube da Luz já em janeiro, garantindo que tem condições para o tornar realidade: “O Bernardo já declarou publicamente que quer vir para o Benfica (...). Eu quero trazer o Bernardo e vou criar condições para isso acontecer. Estou-lhe a dizer que... Eu conheço o Bernardo há muito tempo, falo com o Bernardo, e ele quer muito vir para o Benfica. O Benfica precisa do Bernardo porque, além do enorme talento, ele traz experiência e cultura de vitória.”

No plano político, o empresário apontou críticas diretas a Rui Costa, acusando-o de falta de exigência e de liderar um Benfica que vive de “quases”: “Em quatro anos, o clube tem de ganhar três campeonatos nacionais. Essa é a minha bitola. Rui Costa é pouco exigente consigo próprio e, depois, naturalmente é pouco exigente com as pessoas. Quando nós ganhamos um campeonato em quatro e o presidente acha que se deve recandidatar porque estivemos quase a ganhar, isto não é o Benfica. Ou ganhamos, ou não ganhamos. E o Rui Costa é o presidente do ‘quase’.”

Noronha Lopes sublinhou que a sua diferença fundamental para Rui Costa está no grau de exigência: “Quase ganhámos o campeonato, quase ganhámos a Taça, quase defendemos o Benfica perante a liga e a federação, quase que temos uma cidade das modalidades que nunca saiu do papel. O Benfica não precisa de um presidente do ‘quase’, precisa de um presidente que apresente resultados. A nossa história é feita de resultados, não de segundos lugares e ‘quases’. E a minha diferença fundamental para Rui Costa é esta: eu sou muito exigente.”

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