Entre a análise técnica de Pedro Henriques e a unanimidade do Tribunal O JOGO, o encontro oferece um autêntico dossiê sobre arbitragem moderna: decisões milimétricas, momentos de tensão e uma disciplina que roçou o limite.
O penálti revertido que marcou a noite — e o consenso raro entre especialista.
O lance aos 21 minutos tornou-se o centro de toda a discussão. Hélder Carvalho assinalou grande penalidade por falta sobre Samu, mas o VAR, através de Tiago Martins, identificou uma infração anterior: Alan Varela derruba Samu no início da jogada, invalidando toda a sequência posterior, incluindo o golo que o Vitória chegaria a marcar.
A decisão foi amplamente validada pelo painel do Tribunal O JOGO:
– Jorge Coroado sublinhou que a falta de Varela torna irrelevantes os contactos seguintes;
– José Leirós destacou que o árbitro viu bem, mas o VAR viu ainda melhor;
– Fortunato Azevedo reforçou que a falta original é clara e torna obrigatória a reversão.
Pela análise do trio, o penálti foi bem revertido, um raro momento de unanimidade num jogo carregado de polémica.
Pedro Henriques destaca mérito repartido entre árbitro e VAR
Para Pedro Henriques, a atuação da equipa de arbitragem deve ser vista como globalmente positiva, sobretudo pela forma como árbitro e VAR trabalharam em conjunto para esclarecer os lances-chave. O especialista sublinhou que foram assinalados dois penáltis e anulados dois golos, decisões que mostram a importância crescente da vídeoarbitragem.
Mas a noite ficou longe de ser tranquila.
Um jogo carregado: 43 faltas, 12 amarelos e cinco cartões nos banco.
A ficha disciplinar revela o ambiente de fricção permanente:
