A saída de Filipa Patão do Benfica rumo aos EUA não mereceu palavras simpáticas por parte de Jéssica Silva. A internacional portuguesa, atualmente no Gotham FC, não esquece o período em que foi treinada por Patão na Luz… pelas piores razões.
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Numa entrevista descontraída ao programa A Quarta da Manhã, da Rádio Renascença, Jéssica foi taxativa:
«Não sei se foi a pior treinadora, até porque não estamos aqui a discutir qualidades, mas foi, sem dúvida alguma, um problema na minha vida. Foi a treinadora com quem me dei pior? Sim, claramente. Com o míster João Marques, que era ‘durinho’, fiquei amiga. Com a míster Patão, não ficou amizade nenhuma. Levei algumas ‘patadas’».
A avançada de 30 anos não escondeu mágoa nem o desconforto que viveu no Benfica, num episódio que revela que nem tudo correu de forma harmoniosa no balneário das campeãs nacionais.
Quanto ao futuro, Jéssica foi igualmente frontal. Regressar a Portugal está, para já, fora de questão:
«Neste momento só quero estar tranquila, jogar à bola e ser feliz. Não quero ter mais lesões, foi um ano difícil. Não estou a planear terminar a carreira em Portugal. Voltar ao Sporting? Não. E o Sporting também não quer nada comigo. Com todo o respeito».
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A jogadora lamenta ainda o estado atual do futebol feminino em Portugal:
«Às vezes tenho pena do fenómeno que está a acontecer no nosso país. Não pode ser só um clube a investir. Gostava que houvesse mais atenção».
Depois de passagens por clubes como o Lyon, Levante ou Kansas City, Jéssica Silva representa agora o Gotham FC, nos EUA, onde procura estabilidade e felicidade dentro e fora de campo.
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