Roberto Martínez abriu o jogo numa entrevista à Sport TV, onde abordou a pressão, as críticas e os objetivos que traçou desde que assumiu o comando da Seleção Nacional, em março de 2023.
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O técnico espanhol, que liderou Portugal com um registo perfeito na fase de qualificação para o Euro 2024, confessa-se magoado com o que considera ser uma receção injusta por parte da opinião pública.
«A Seleção é de todos, juntos somos mais fortes. Na fase de apuramento para o Europeu venci 10 jogos em 10 e fui criticado», afirmou, visivelmente sentido com a forma como foi avaliado.
Com 20 vitórias em 28 jogos no comando técnico da equipa das Quinas, Martínez insiste que há críticas legítimas e outras que ultrapassam os limites do razoável:
«Há críticas subjetivas e há outras que não são justas. Não estou a fazer o meu trabalho se estiver a acompanhar o ruído em volta da seleção. Sei que o meu trabalho é alvo de opiniões».
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Compromisso total e ambição mundial
O selecionador nacional rejeita qualquer ideia de instabilidade no cargo, mesmo em caso de eventual fracasso na final four da Liga das Nações, onde Portugal vai defrontar a Alemanha.
«O meu foco é dar tudo, o compromisso é total, tenho uma experiência de dez anos em seleções. O meu objetivo é ganhar todas as competições».
Mas foi quando abordou o projeto a médio prazo que Martínez revelou o sonho maior:
«Queremos fazer o que ainda não foi feito: ganhar o Mundial».
A equipa lusa, que foi eliminada nos quartos de final do Euro 2024, vira agora atenções para a Liga das Nações, competição onde Portugal conquistou o troféu na edição inaugural.
«A final four é um momento especial. A Alemanha é um adversário perfeito para preparar o Mundial. Temos o mesmo nível de talento do que todos os finalistas — Alemanha, Espanha e França».
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Apesar da frieza e pragmatismo habituais, Roberto Martínez deixou transparecer emoção nas palavras. O peso do cargo e o ruído externo parecem incomodar o selecionador, mas a ambição mantém-se intacta.