adeptos-logo
Nacional
30/06/25

Defesa de Madureira rejeita plano para agitar AG do FC Porto

Advogado acusa Ministério Público de não ter provas e diz que caso não se enquadra no fenómeno desportivo. Saiba mais.

Miguel Marques de Oliveira, advogado de Fernando Madureira e da sua mulher, rejeitou esta segunda-feira, nas alegações finais do julgamento da Operação Pretoriano, a existência de qualquer plano concertado para perturbar a Assembleia Geral (AG) do FC Porto realizada a 13 de novembro de 2023. 

Veja também: Brasileiros incluem jogador do FC Porto no pior onze da fase de grupos do Mundial de Clubes

 

O causídico foi perentório: “Não há qualquer plano traçado pelo casal Madureira. O Ministério Público não apresentou provas. Apenas suspeições.” E deixou um alerta ao colectivo de juízes: “Este é um processo mediático, mas o tribunal deve libertar-se de preconceitos e decidir apenas com base nas provas.” 

Segundo a defesa, os factos em julgamento não se enquadram num “fenómeno desportivo”, como sustenta a acusação. “Trata-se de uma Assembleia Geral de uma associação de direito privado, comparável a outras realidades da vida associativa, como partidos políticos ou movimentos cívicos”, sublinhou Miguel Marques de Oliveira. “Os insultos, as concretas ameaças, a terem existido, são os únicos factos que devem ser considerados”, afirmou, desvalorizando o enquadramento criminal que levou à formulação de mais de 30 acusações contra os arguidos. 

Veja também: Ministério Público não foi meigo na pena de prisão que pediu para Fernando e Sandra Madureira

O advogado contestou ainda a alegada existência de um móbil, que é, segundo a defesa, inexistente ou nunca verdadeiramente explicado. “O Ministério Público baseia a sua tese num plano supostamente desenhado não só por Fernando Madureira e a mulher, mas também pelo próprio FC Porto. Mas qualquer plano precisa de um móbil. E o MP nunca conseguiu prová-lo.”

Miguel Marques de Oliveira lembrou que Henrique Ramos, uma das testemunhas, admitiu em tribunal que foi o próprio Madureira a tentar acalmar os ânimos numa alegada tentativa de agressão. “Não houve arregimentação para actos ilícitos”, insistiu. “Qual é o problema de um presidente de uma associação querer que todos os sócios compareçam numa reunião do clube? Não podemos inferir que este apelo teve fins criminosos.”

A intervenção terminou com um tom mais emocional: “Transformaram Fernando Madureira num alvo a abater. Espero que nunca tenham um familiar envolvido numa situação destas, porque aqui, a verdade nunca interessou.” 

Veja também: Arsenal aumenta a oferta milionária por Gyökeres e o Sporting já respondeu

A decisão final do tribunal está agora nas mãos dos juízes, que terão de avaliar se os factos provados em julgamento correspondem ou não às acusações apresentadas.

Já deu uma vista de olhos aos vídeos apaixonantes do canal de YouTube do Adeptos de Bancada? Está convocado a fazer parte da nossa equipa! Subscreva o nosso canal aqui!