No seguimento da contestação pública do Benfica à arbitragem da final da Taça de Portugal, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, veio esta terça-feira assumir um papel de moderação e apelar ao diálogo. O dirigente garantiu que está disponível para ouvir os encarnados e tentar, “nas discordâncias, encontrar pontos de consenso”.
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À margem da 3.ª Conferência Bola Branca, em Lisboa, Reinaldo Teixeira manifestou-se disponível para mediar o diferendo e recusar o caminho da polémica:
“A mim e à minha equipa compete-nos, com diálogo e entendimento, encontrar pontos de consenso. Quero ser presidente de todas as sociedades desportivas. Cabe-nos ouvir e tentar melhorar o caminho.”
Crise aberta após o Jamor
A reação da Liga surge na sequência do comunicado divulgado na segunda-feira pelo Benfica, no qual os encarnados anunciaram a apresentação de participações disciplinares contra árbitros e o rompimento com vários projetos estruturais, incluindo a centralização dos direitos televisivos e a cedência do Estádio da Luz à Seleção Nacional.
Apesar do tom duro da nota oficial encarnada, Reinaldo Teixeira desdramatizou, mostrando confiança num desfecho construtivo:
“Sempre ouvi uma linguagem construtiva por parte do Benfica. O Dr. Nuno Catarino, por exemplo, falou hoje de forma clara: é preciso refletir para dar dois passos em frente”.
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O presidente da Liga assegurou que não está em causa o compromisso com os projetos em curso:
“Nada do que foi dito inviabiliza o caminho que estamos a tentar construir. Amanhã [quarta-feira] há cimeira e vamos ouvir todos. Cabe-nos ter coragem nos momentos mais sensíveis.”
Arbitragem no centro do debate
Sem ignorar a origem do conflito — a polémica arbitragem da final entre Benfica e Sporting (3-1 após prolongamento) — Reinaldo Teixeira abordou também a necessidade de reformar e proteger o setor da arbitragem, que qualificou como “desafiante”:
“Temos obrigação de contribuir para o bom desempenho da arbitragem. Quanto melhor ela for, melhores serão as competições.”
Num momento delicado para o futebol português, a Liga tenta manter a ponte aberta com todos os clubes, mesmo com os mais críticos, numa altura em que as feridas institucionais estão à flor da pele.