Luís Miguel Henrique, advogado que representa Bruno Lage no processo judicial com o Botafogo, revelou detalhes da saída do treinador do Benfica e não poupou críticas à direção encarnada, acusando Rui Costa e Mário Branco de comportamento “desleal”.
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Luís Miguel Henrique contou, em declarações à CMTV, que Bruno Lage apenas tinha feito um pedido antes das férias: um documento que lhe desse garantias de estabilidade até 30 de setembro.
“A única coisa que o Bruno Lage pediu, antes das férias pessoais, foi um documento que assegure até ao dia 30 de setembro, o Benfica não o demitisse. E que não tinha problema nenhum em que, no dia seguinte às eleições seja o Rui Costa ou outro candidato, se não o quisessem, não queria dinheiro nenhum do Benfica”.
O advogado acusou Rui Costa de ter dado inicialmente sinais de que aceitaria esse pedido, mas de ter recuado após as férias do técnico.
“Antes das férias, o Rui Costa deu a entender que sim. O Bruno chegou de férias e afinal já não. E ele teve a certeza que, na semana seguinte em meados de julho, as coisas iam correr mal ao primeiro desaire”.
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Além disso, Luís Miguel Henrique deixou críticas duras a Mário Branco, diretor geral do futebol do Benfica, por ter contrariado a vontade do treinador na preparação do jogo com o Santa Clara, logo após a pausa FIFA.
“Quanto à passada semana, nunca vi um treinador, a seguir à pausa FIFA, que não queria jogar apenas com um dia de preparação e o diretor dizer não, que um dia era suficiente. Ia para o jogo com o Santa Clara nessa condição. Sei que o Bruno pediu para fazer o jogo no sábado e o Benfica nada fez”.
O jurista concluiu reforçando a ideia de que Bruno Lage foi vítima de tratamento injusto e desleal.
“Por causa disto tudo de deslealdade, não concordo com nada do que o Bruno está a fazer ao Benfica. Nunca vi um treinador ser tratado de forma tão má, tanta deslealdade e a deixar em cima da mesa 90% do valor do seu contrato”.
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