A recepção à comitiva do FC Porto no regresso dos EUA ficou marcada por uma forte contestação e momentos de tensão no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. Depois de uma participação desapontante no Mundial de Clubes, cerca de 50 adeptos esperavam a equipa na zona das chegadas, munidos de cânticos, assobios, insultos e até petardos.
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Porta VIP… para evitar confrontos
Com o ambiente previsivelmente hostil, o plantel azul e branco evitou o contacto directo com os adeptos, saindo pela porta VIP do aeroporto, numa tentativa de acalmar os ânimos. No entanto, a manobra não impediu que a indignação se manifestasse de forma ruidosa. A PSP reforçou a segurança e manteve sempre o perímetro sob controlo, mas teve de intervir com maior intensidade no momento da saída do autocarro da equipa.
Villas-Boas, Anselmi e jogadores na mira
Os protestos foram claramente direccionados ao presidente André Villas-Boas, que ouviu gritos de “demissão!” por parte dos adeptos, bem como ao treinador Martín Anselmi e ao próprio plantel, depois de uma campanha que terminou sem qualquer vitória — dois empates e uma derrota — e a consequente eliminação precoce na fase de grupos.
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Alguns adeptos, vestidos de preto — num estilo associado ao movimento casual — colocaram-se em frente ao autocarro, obrigando-o a parar. A polícia foi forçada a intervir de forma mais musculada, disparando balas de borracha para o ar de forma a dispersar os adeptos e garantir a saída em segurança da comitiva portista.
Um fim de época turbulento
O regresso a Portugal fecha uma temporada de fraca memória para o universo azul e branco. Depois de uma campanha interna irregular e de um Mundial de Clubes frustrante, o descontentamento dos adeptos faz-se agora ouvir de forma cada vez mais audível. Resta saber que consequências internas resultam desta receção inflamável.
A pressão está agora do lado da direção liderada por Villas-Boas, que enfrentará semanas decisivas na preparação da próxima temporada. E os adeptos já fizeram saber que as promessas não bastam — exigem resultados.
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