A iminente saída de Rúben Amorim para o Manchester United continua a causar indignação entre alguns membros do universo sportinguista.
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Jaime Marta Soares, antigo presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, mostrou-se particularmente desiludido, não poupando críticas à postura do técnico. Marta Soares, que se declarou admirador de Amorim enquanto profissional, lamentou que este “cuspisse no prato que lhe deu a sopa”, referindo-se ao facto de o treinador poder deixar o clube que o projetou para a Premier League.
Em declarações à Rádio Renascença, Marta Soares afirmou que “a imagem de Rúben Amorim fica claramente manchada com a forma como esta situação está a ser conduzida”.
Para o antigo dirigente, apesar da legitimidade de qualquer treinador em querer crescer, “há coisas que não se devem permitir”. Lembrou ainda que Amorim foi amplamente apoiado pelo clube e pelos adeptos, mas que está a abdicar dessa confiança, quebrando os laços que construiu com o Sporting.
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O antigo dirigente recorda o carinho e a paixão dos adeptos leoninos pelo técnico, sentimentos que, segundo ele, “Amorim ajudou a construir, mas que está agora a pôr em causa”. Marta Soares sublinha que a postura do treinador o deixa em desvantagem aos olhos dos adeptos: “Uma pessoa de princípios não abandona um clube que lhe deu tudo e o ajudou a crescer”.
As palavras de Marta Soares refletem o desconforto de parte dos adeptos e antigos dirigentes com o rumo que a situação tomou, e colocam Amorim perante um dilema: a ambição de treinar um gigante europeu e a responsabilidade para com o clube que lhe deu visibilidade. A confirmar-se a saída, a relação entre Amorim e a massa associativa sportinguista poderá sofrer um golpe irreparável.