Franck Haise, treinador do Nice, não tem dúvidas sobre quem parte como favorito no confronto com o Benfica na 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Veja também: Benfica ganha aliado de peso para desbloquear regresso de Félix
Numa entrevista reveladora ao jornal L’Équipe, o técnico francês apontou diretamente para o desnível entre as duas equipas, admitindo que os encarnados estão noutro patamar competitivo.
“O Benfica venceu o Bayern Munique e perdeu apenas no prolongamento contra o Chelsea, no Mundial de Clubes. Nós? Perdemos com o Elfsborg”, lembrou Haise, numa comparação que dispensa grandes análises. O treinador do Nice fez questão de sublinhar que os franceses são os underdogs desta eliminatória, mas promete luta.
“Dizemos a nós próprios que não devemos existir, mas não é por isso que não existiremos”, atirou o técnico, que tenta transformar a inferioridade em motivação. Haise acredita que, apesar da diferença de qualidade entre os plantéis, o aspeto físico poderá ser um trunfo dos franceses.
“Não creio que a diferença física entre nós seja desproporcional. Mas a preparação não será a mesma, e esse deve ser um dos nossos pontos fortes”.
Veja também: Peixeirada entre Manuel Moura dos Santos e Tiago Girão: "És um ordinário" (VÍDEO)
“Eles jogaram o Mundial de Clubes. Nós… nem por isso”
A forma como os franceses encaram o duelo com o Benfica revela, por um lado, humildade e, por outro, alguma ironia.
“Jogaram o Mundial de Clubes, não um torneio no sul de Portugal”, comentou Haise, reforçando que os encarnados trazem ritmo competitivo e estatuto internacional, enquanto o Nice ainda está a limar arestas.
Apesar disso, o treinador não atira a toalha ao chão e desafia os seus jogadores a sonhar: “A Liga dos Campeões, tenhas 18 ou 42 anos, é uma oportunidade. Tens de agarrá-la porque pode não voltar mais”.
Plantel condicionado por lesões e saídas
O treinador francês lamenta, contudo, os problemas que afetam o seu grupo de trabalho.
“Começamos com algumas ausências importantes: Ndayishimiye, Abdelmonem, Ndombele, Diop, Cho e Bombito. São seis jogadores que podiam ser titulares”, referiu. Além disso, há ainda incertezas no plantel, com jogadores que devem sair e outros por chegar.