João Félix está, uma vez mais, de malas feitas. O internacional português, que começou a época no Chelsea e acabou emprestado ao AC Milan, prepara-se agora para regressar a Londres sem garantias de continuidade… e com o futuro mais incerto do que nunca. O que se passa, afinal, com o jogador que encantou o futebol português ao serviço do Benfica e foi vendido por 126 milhões de euros ao Atlético Madrid?
Veja também: Benfica com baixa de peso para o jogo decisivo em Braga
Um arranque promissor que voltou a esvaziar-se
Na sua chegada a Milão, João Félix parecia ter reencontrado o brilho perdido. Marcou logo no jogo de estreia – um golaço de chapéu à Roma, apenas 11 minutos depois de entrar em campo. Foi decisivo nessa noite e entusiasmou os adeptos rossoneri. Falava-se até de uma possível compra definitiva.
Mas o que prometia ser um recomeço virou rapidamente repetição. Félix perdeu a titularidade, caiu nas opções de Sérgio Conceição e terminou a época no banco, somando apenas um golo em 19 jogos pelo Milan. A gota de água? A final da Taça de Itália frente ao Bolonha, em que o avançado português voltou a ser lançado a partir do banco… e voltou a não convencer. O resultado – derrota por 0-1 – simbolizou o fim de ciclo para Félix e para Sérgio Conceição, como confirmou o jornalista Fabrizio Romano.
Veja também: Sporting perde jogador para o resto da época após discussão com Otamendi
O padrão que já não surpreende
Chelsea, Barcelona, Atlético Madrid e agora Milan. Quatro clubes de topo, quatro oportunidades distintas, mas o mesmo desfecho: um começo entusiasmante, seguido por uma curva descendente abrupta. A questão já não é “porquê?”, mas “até quando?”
João Félix tem demonstrado talento indiscutível, mas uma inquietante incapacidade de manter a regularidade ao mais alto nível. Aos 25 anos, continua sem se afirmar de forma sustentada em nenhum clube desde a sua saída do Benfica, onde brilhou com 20 golos e 11 assistências numa única época (2018/19). Desde então, os lampejos têm sido escassos, e a consistência, uma miragem.
Veja também: O grande gesto de Amorim antes da final da Liga Europa que corre mundo
Chelsea não é casa e Atlético continua à porta fechada
Com o regresso ao Chelsea praticamente garantido – por força do contrato com o Atlético Madrid, que expira apenas em 2027 –, João Félix sabe que não é desejado nem em Londres, nem em Madrid. No Chelsea, foi ofuscado por Cole Palmer, o grande destaque da temporada, e Maresca nunca escondeu que considerava os dois incompatíveis no mesmo onze. No Atlético, Diego Simeone não o quer ver nem pintado. A hipótese de permanência num ou noutro lado parece fora de questão.
Resta, por isso, a inevitabilidade: novo empréstimo ou venda definitiva no verão. Mas quem arrisca apostar num talento que já não escapa à fama de promessa incumprida?
Rumo incerto… e tempo a esgotar-se
Cinco anos depois de ser o menino de ouro do futebol português, João Félix continua a viver à sombra das expectativas que criou. O Mundial 2022 parecia o ponto de viragem, a ida para Barcelona um novo renascimento. Mas o presente mostra-nos um jogador em encruzilhada, à procura de um clube que o entenda… e de uma identidade que tarda em consolidar-se.
Veja também: 🍄 O Caso dos Cogumelos Mortais: Erin Patterson e o Almoço Fatal
Aos 25 anos, o tempo de margem começa a escassear. A próxima paragem será decisiva para evitar que Félix passe à história como mais um prodígio que nunca chegou a sê-lo verdadeiramente.