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Internacional
16/05/25

João Félix: Uma estrela a perder brilho em filme repetido

João Félix está, uma vez mais, de malas feitas. Desta vez será devolvido pelo AC Milan ao Chelsea.

João Félix está, uma vez mais, de malas feitas. O internacional português, que começou a época no Chelsea e acabou emprestado ao AC Milan, prepara-se agora para regressar a Londres sem garantias de continuidade… e com o futuro mais incerto do que nunca. O que se passa, afinal, com o jogador que encantou o futebol português ao serviço do Benfica e foi vendido por 126 milhões de euros ao Atlético Madrid

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Um arranque promissor que voltou a esvaziar-se 

Na sua chegada a Milão, João Félix parecia ter reencontrado o brilho perdido. Marcou logo no jogo de estreia – um golaço de chapéu à Roma, apenas 11 minutos depois de entrar em campo. Foi decisivo nessa noite e entusiasmou os adeptos rossoneri. Falava-se até de uma possível compra definitiva

Mas o que prometia ser um recomeço virou rapidamente repetição. Félix perdeu a titularidade, caiu nas opções de Sérgio Conceição e terminou a época no banco, somando apenas um golo em 19 jogos pelo Milan. A gota de água? A final da Taça de Itália frente ao Bolonha, em que o avançado português voltou a ser lançado a partir do banco… e voltou a não convencer. O resultado – derrota por 0-1 – simbolizou o fim de ciclo para Félix e para Sérgio Conceição, como confirmou o jornalista Fabrizio Romano

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O padrão que já não surpreende 

Chelsea, Barcelona, Atlético Madrid e agora Milan. Quatro clubes de topo, quatro oportunidades distintas, mas o mesmo desfecho: um começo entusiasmante, seguido por uma curva descendente abrupta. A questão já não é “porquê?”, mas “até quando?” 

João Félix tem demonstrado talento indiscutível, mas uma inquietante incapacidade de manter a regularidade ao mais alto nível. Aos 25 anos, continua sem se afirmar de forma sustentada em nenhum clube desde a sua saída do Benfica, onde brilhou com 20 golos e 11 assistências numa única época (2018/19). Desde então, os lampejos têm sido escassos, e a consistência, uma miragem

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Chelsea não é casa e Atlético continua à porta fechada 

Com o regresso ao Chelsea praticamente garantido – por força do contrato com o Atlético Madrid, que expira apenas em 2027 –, João Félix sabe que não é desejado nem em Londres, nem em Madrid. No Chelsea, foi ofuscado por Cole Palmer, o grande destaque da temporada, e Maresca nunca escondeu que considerava os dois incompatíveis no mesmo onze. No Atlético, Diego Simeone não o quer ver nem pintado. A hipótese de permanência num ou noutro lado parece fora de questão. 

Resta, por isso, a inevitabilidade: novo empréstimo ou venda definitiva no verão. Mas quem arrisca apostar num talento que já não escapa à fama de promessa incumprida? 

Rumo incerto… e tempo a esgotar-se 

Cinco anos depois de ser o menino de ouro do futebol português, João Félix continua a viver à sombra das expectativas que criou. O Mundial 2022 parecia o ponto de viragem, a ida para Barcelona um novo renascimento. Mas o presente mostra-nos um jogador em encruzilhada, à procura de um clube que o entenda… e de uma identidade que tarda em consolidar-se. 

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Aos 25 anos, o tempo de margem começa a escassear. A próxima paragem será decisiva para evitar que Félix passe à história como mais um prodígio que nunca chegou a sê-lo verdadeiramente. 

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André Miguel Rodrigues