Nico Gaitán, um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos benfiquistas na última década, fez uma revelação sincera numa entrevista à BTV: tentou regressar ao Benfica depois da sua primeira passagem pela Luz, mas tal nunca se concretizou.
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Agora com 37 anos, o argentino recordou com emoção os anos em que vestiu a camisola encarnada, à margem do duelo entre dois clubes que marcaram a sua carreira: Benfica e Boca Juniors, adversários inéditos no próximo Mundial de Clubes.
«Há coisas que não quero falar, já passou. Nunca deu para voltar aos dois. É estranho, gostava de voltar aos dois, tentei voltar, mas é futebol», confessou o médio, que representou o Benfica entre 2010 e 2016, após ter chegado precisamente do Boca Juniors. Apesar do tempo passado, Gaitán continua a demonstrar gratidão pelo clube da Luz e pelo povo português: «Muitas vezes não quero ver imagens antigas, porque me dá muitas saudades. Estou muito agradecido a todas as pessoas do Benfica».
A ligação emocional mantém-se viva, como revelou ao contar um episódio recente: «Estava em Ibiza, cruzei-me com um grupo de portugueses e um rapaz pediu-me uma fotografia e agradeceu-me por tudo o que fiz no Benfica. Um outro disse que não pedia foto porque não joguei no FC Porto, mas o FC Porto sempre me tratou muito bem. O Sporting também. Sou 100% grato ao povo português»-
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Sobre os tempos no Benfica, destacou os colegas com quem teve melhor entrosamento: «Joguei com muitos com qualidade, mas escolho o Pablito [Aimar]. O Saviola é top. O Tacuara [Cardozo]. Mas com quem joguei mais de olhos fechados foi o Jonas. Já sabia onde estava. Saía tudo muito fácil com ele».
Também deixou rasgados elogios ao treinador que mais o marcou: Jorge Jesus.
«Não tenho nenhuma dúvida. Aprendi muito com ele. Queria sempre melhorar, apresentava coisas novas. Dava-te muito para estares cada vez mais preparado».
Quanto ao reencontro entre Benfica e Boca Juniors, o antigo internacional argentino confessou estar dividido: «Sou adepto do Boca desde pequeno, mas o Benfica marcou-me. Era bom o empate e que passassem os dois de grupo. Vai ser um bom jogo. Não quero nem ver [risos]». Apesar de reconhecer que ambas as equipas não vivem os melhores momentos, está confiante: «Mais cedo ou mais tarde vão voltar por cima».
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O embate entre os dois clubes está a gerar enorme expectativa, e a memória de Gaitán é mais uma ponte emocional entre duas instituições com grande peso no futebol mundial. Numa era em que os jogadores vão e vêm, há histórias — e afectos — que resistem ao tempo.