A escassez de guarda-redes portugueses titulares na I Liga é motivo de preocupação para Nélson Pereira, antigo internacional luso e campeão nacional pelo Sporting.
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Em entrevista à Lusa, o ex-jogador alertou para o impacto da falta de oportunidades e da procura por rendimento imediato nos clubes, fatores que ameaçam o futuro da posição na Seleção Nacional.
A escassez de guarda-redes nacionais na I Liga
Atualmente, apenas dois guarda-redes portugueses são titulares entre as 18 equipas do principal escalão: Diogo Costa (FC Porto) e Ricardo Velho (Farense). Este cenário coloca Portugal como o país com menor aposta em guarda-redes nacionais entre os 20 principais campeonatos da UEFA.
“Os clubes querem rendimento imediato e não dão tempo para o processo de crescimento dos guarda-redes, porque nesse percurso há erros”, destacou Nélson Pereira, sublinhando que a situação compromete a formação de talentos para a seleção.
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Falta de aposta na formação
Nélson apontou para a “campeonite” e a pressão por resultados como fatores que prejudicam o desenvolvimento de jovens guarda-redes, que precisam de jogar regularmente. Casos como Diogo Pinto, Diego Callai (Sporting) e Samuel Soares (Benfica) foram citados como exemplos de atletas que precisam de mais tempo de jogo nas equipas B ou sub-23 para evoluir.
“Um guarda-redes que não jogue, não tem hipótese nenhuma. Guarda-redes que só treina, não dá guarda-redes”, afirmou, reforçando que é preciso coragem para apostar em jovens promessas, mesmo sabendo que cometerão erros.
Referências e a importância da continuidade
Nélson recordou os casos de Rui Patrício e Diogo Costa, que foram lançados jovens e amadureceram com os erros. “Temos de tomar estes exemplos e segui-los. Caso contrário, qualquer dia, não temos guarda-redes para a Seleção Nacional.”