"O futebol português teve dois donos nos últimos 40 anos"

Frederico Varandas voltou a deixar declarações fortes no plano político do futebol nacional. À margem da Cimeira de Presidentes, organizada pela Liga Portugal na Arena Liga Portugal, o presidente do Sporting manifestou total apoio à direção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), liderada por Pedro Proença, e apontou o dedo ao passado recente de FC Porto e Benfica. 

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O líder leonino justificou o apoio à candidatura vencedora nas últimas eleições da FPF com o perfil das pessoas que a compõem: «O Sporting apoiou uma candidatura de pessoas que considera serem íntegras, sérias e, para mim, incorruptíveis. Pessoas que não se deixam condicionar, que não têm medo e que não são dependentes de qualquer presidência». 

Varandas fez questão de lembrar que Benfica e FC Porto também apoiaram a lista vencedora, que recolheu 75% dos votos, sublinhando o amplo apoio de clubes e associações a Pedro Proença. 

🔍 “O futebol português teve donos durante 40 anos” 

O presidente do Sporting aproveitou para criticar o que considera ter sido o “modelo dominante” do futebol português nas últimas décadas, apontando diretamente aos rivais de Lisboa e do Porto: 

«O futebol português teve dois donos nos últimos 40 anos: FC Porto e Benfica. O caso do Apito Dourado e o caso dos E-mails são provas ilucidativas do que estou a dizer». 

«Agora não há dono nenhum. Existem órgãos que não se deixam condicionar, e é isso que está a provocar surpresa. Antes, os erros de arbitragem prejudicavam o Sporting numa proporção de um para cinco. Agora já não é assim». 

🏆 “O Sporting luta para dominar, mas dentro de campo” 

Varandas recordou que, segundo várias análises externas — incluindo ex-árbitros e os chamados rankings da “Liga da Verdade” —, o Sporting foi a equipa mais prejudicada pela arbitragem esta época. Ainda assim, conquistou o campeonato e a Taça de Portugal, o que, na sua ótica, reforça o mérito leonino. 

«O Sporting luta, sim, para dominar o futebol português, mas dentro de campo. Fico muito contente quando vejo os nossos rivais a não perceberem porquê que estamos a vencer. Isso dá-nos vantagem competitiva para o próximo ano talvez continuar a vencer».

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