O FC Porto estreia-se este domingo no renovado Mundial de Clubes, frente ao Palmeiras, e o treinador Martín Anselmi garantiu que a equipa está pronta para competir ao mais alto nível.
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Numa conferência de imprensa realizada no MetLife Stadium, em Nova Jérsia, o técnico argentino abordou todos os temas: do estado do relvado à integração de Gabri Veiga, passando pelos elogios a Abel Ferreira e pela análise ao adversário brasileiro.
“Vamos competir com tudo”
Anselmi não escondeu o entusiasmo por participar na competição, que considera uma das mais especiais da sua ainda curta carreira.
“Disputar um Mundial de Clubes a defender as cores do FC Porto, um clube campeão do mundo, é especial. É a minha primeira vez, e vamos desfrutar do presente”, afirmou. Mesmo admitindo que preferia estar de férias, o treinador fez questão de sublinhar: “Não estar de férias significa que estamos onde queremos estar”.
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Sobre o embate com o Palmeiras, foi direto: “Espero um duelo intenso, bem disputado, com duas equipas que vão pensar na baliza rival”. Conhecedor do futebol sul-americano, Anselmi fez questão de valorizar o adversário: “Sabemos da grandeza do Palmeiras e da qualidade do Abel Ferreira. Vai ser um jogo de alta exigência”.
Preparação e estado físico da equipa
Apesar da interrupção do campeonato e das férias concedidas aos jogadores, o técnico garantiu que o FC Porto chega competitivo: “Treinámos bem, fizemos jogos particulares, incluindo frente a uma equipa que também vai disputar o Mundial. Acredito que estamos preparados”.
Sobre o relvado, montado recentemente no estádio dos New York Giants e Jets, deixou um comentário cauteloso: “Não tive a sorte de o pisar ainda. Espero que esteja em boas condições. Mas não vai servir de desculpa”.
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Gabri Veiga e a confiança em Cláudio Ramos
Questionado sobre a adaptação de Gabri Veiga, o treinador foi elogioso: “É um jovem muito inteligente, que gosta de jogar e da parte táctica. Está a adaptar-se rapidamente”. Anselmi não descartou a titularidade do médio espanhol: “Todos os jogadores que vieram podem ser titulares. É uma questão de esperar algumas horas”.
Com Diogo Costa fora devido a lesão, o técnico demonstrou total confiança em Cláudio Ramos: “É um dos capitães, já esteve em jogos importantes e está preparado. Confiamos plenamente nele”.
Elogios a Abel e ao futebol brasileiro
Anselmi reconheceu a qualidade de Abel Ferreira, com quem nunca se cruzou, mas cujo trabalho acompanha de perto: “É um grande treinador, que conhece bem o futebol português. Vai ser um duelo de estratégias.”
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Sobre a comparação entre futebol europeu e brasileiro, recusou qualquer superioridade: “O Brasileirão é uma das ligas mais duras e competitivas do mundo. O Palmeiras gastou recentemente quase 90 milhões de dólares. O futebol brasileiro está muito próximo do europeu a todos os níveis”.
Foco no presente e ambição no Mundial
Apesar de não definir metas específicas, Anselmi garantiu que o foco está em vencer jogo a jogo: “Pensar no futuro não nos favorece. O importante é o jogo de amanhã. O resultado não define o que queremos ser, mas temos de ser competitivos”.
Para o treinador argentino, competir ao estilo do FC Porto é uma exigência constante: “Temos de estar intensos na pressão, atacar como gostamos e identificar as fragilidades do adversário. É isso que nos vai aproximar da vitória”.
Análise ao Palmeiras
Sobre o adversário brasileiro, foi taxativo: “É uma equipa que ataca bem a profundidade, que sabe jogar em transição. Estêvão pode desequilibrar no um contra um. Mas queremos controlar o jogo e ser protagonistas. Quanto mais tivermos a bola, menos perigo corremos.”
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Relembrando os duelos com Flamengo e São Paulo no passado, Anselmi insistiu na importância da posse: “Gostamos de ter a bola. Quando não a tivermos, vamos tentar recuperá-la o mais rápido possível. Esse será um dos pontos-chave do jogo”.
Portugal, Argentina e o lugar no futebol mundial
O técnico aproveitou ainda para refletir sobre as diferenças entre os contextos tácticos de Portugal e Argentina: “Portugal é muito táctico, difícil de penetrar, muito organizado. Mas gosto de ter a bola e assumir o jogo. Já defrontámos equipas que, apesar de mais pequenas, jogaram de igual para igual”.
E concluiu com um elogio ao legado português: “A última edição do Brasileirão foi ganha por um português. A seleção portuguesa acaba de ser campeã da Europa [vencedor da Liga das Nações]. Estão no centro do mundo. Nós, os argentinos, também fazemos muita coisa boa…”
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O FC Porto estreia-se no Mundial de Clubes este domingo, frente ao Palmeiras, num jogo que poderá marcar o início de uma caminhada ambiciosa para os dragões.