A contestação à liderança de Rui Costa no Benfica continua a intensificar-se, e este domingo foi a vez de João Gabriel — antigo diretor de comunicação do clube — juntar-se ao coro de críticas.
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Numa publicação no LinkedIn, o ex-responsável comunicacional dos encarnados não poupou palavras ao abordar o chumbo do orçamento para 2025/26 e aproveitou para defender vigorosamente o antigo presidente Luís Filipe Vieira, que continua a gerar divisões entre os sócios.
“Luís Filipe Vieira cometeu muitos erros, sem dúvida (…). Mas sem ele, nenhum dos mil sócios que ontem foram à Assembleia Geral teria estado naquele pavilhão”, escreveu João Gabriel, sublinhando que Vieira “salvou” literalmente o Benfica.
Segundo João Gabriel, Rui Costa e a direcção atual padecem de “amnésia institucional” ao não reconhecerem o papel decisivo de Vieira na recuperação financeira e estrutural do clube. A referência surge no seguimento de uma Assembleia Geral particularmente tensa, onde se voltaram a ouvir pedidos de expulsão de Vieira como sócio do clube.
“A minha pergunta é: porquê? Que haja sócios sem memória até posso entender; que a direção do Benfica – nomeadamente esta – padeça de amnésia é mais difícil de aceitar”, acrescentou o ex-dirigente.
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Críticas ao apoio a Pedro Proença
Mas o recado não ficou por aqui. João Gabriel também criticou duramente a decisão da direção benfiquista de apoiar Pedro Proença na corrida à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), em detrimento de Nuno Lobo. Para o antigo diretor de comunicação, esta escolha colocou o clube “do lado errado da história”.
“Preferia que o Benfica tivesse apoiado Nuno Lobo. Provavelmente Proença teria ganho na mesma, mas não teríamos ficado do lado errado da história”, argumentou, num tom que deixou claro o seu descontentamento com o actual rumo político e institucional do clube.
Gabriel não resistiu ainda a comentar, com ironia, as acusações de que o discurso de Nuno Lobo teria sido escrito por Vieira: “Se há coisa que todos sabemos, é que escrita não é — como nunca foi — o forte de Vieira, como não é o de Rui Costa”.