Na véspera de um decisivo Benfica–Bayern, da última jornada do Grupo C do Mundial de Clubes, Bruno Lage falou aos jornalistas e não escondeu o tom duro. O treinador dos encarnados assumiu erros, exigiu mais agressividade e defendeu a importância de jogar com coragem. Uma coisa ficou clara: o empate não está nos planos das águias.
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Um Benfica a ferver — literalmente
Com temperaturas a rondar os 36ºC em Charlotte, Lage reconheceu a exigência física do encontro, mas não procurou desculpas.
«Queremos fazer um grande jogo que nos permita seguir em frente na prova. Vamos jogar contra uma equipa muito boa, com dinâmica muito forte nos corredores, cruzamentos de toda a forma. Temos trabalhado isso».
Sem rodeios, o treinador admitiu que há limites ao que pode dar ao plantel: «Não posso dar altura. Também não posso dar agressividade inata e natural. Isso tem de vir de dentro. E temos de mudar isso radicalmente».
Murros na mesa e… nos treinos?
O discurso de Lage subiu de tom quando falou na necessidade de um Benfica mais competitivo e duro. «Se em treino temos que dar uma patada ou haver uma zanga entre nós, que assim seja, desde que depois sejamos agressivos. Quem nos pisar, não vai ficar a rir nem a cantar», disparou.
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Recusando a ideia de jogar para o empate — que até garantiria o apuramento, caso o Boca não goleie o Auckland City —, Lage foi claro: «Vamos tentar ganhar. O nosso foco é o que controlamos. Jogar para empatar é um risco enorme».
Kökçü e o líder que assume culpas
Confrontado com a polémica protagonizada com Orkun Kökçü, após a discussão pública no jogo frente ao Auckland City, Bruno Lage foi frontal: «Tenho sangue sadino, que também ferve rápido. Como líder, sou o primeiro a reconhecer que não foi um bom momento. Mas falámos olhos nos olhos, e o assunto está resolvido em família. O que sinto é que saímos mais coesos».
De resto, Lage reafirmou a importância do médio turco no presente e no futuro da equipa: «É um jogador de enorme qualidade e acredito que pode ter uma grande importância no Benfica».
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