Geovany Quenda, extremo da Seleção Nacional sub-21, foi a imagem da frustração no final do jogo frente aos Países Baixos, que ditou a eliminação de Portugal nos quartos-de-final do Europeu da categoria.
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A equipa das quinas caiu por 0-1, num encontro em que jogou em superioridade numérica desde os 21 minutos. A oportunidade mais flagrante surgiu ainda na primeira parte, quando Quenda assumiu a marcação de uma grande penalidade… mas acertou no poste.
Na zona mista, o jovem internacional português não escondeu o desgosto e assumiu a responsabilidade:
“Fizemos uma fase de grupos boa, mas só tenho de pedir desculpa aos meus colegas pelo penálti falhado e tenho de continuar a trabalhar. Acho que podíamos ter ido longe, mas são coisas do futebol e só temos de continuar a trabalhar”.
Portugal acabou por não conseguir quebrar o nulo e acabou eliminado com um golo sofrido já na segunda parte. Uma eliminação difícil de digerir, especialmente num jogo em que os comandados de Rui Jorge criaram mais e jogaram durante mais de uma hora com um homem a mais.
“As derrotas podem acontecer no futuro e eu só tenho de ser forte e continuar a trabalhar para ajudar os meus colegas e o país. Temos de pensar sempre de forma positiva. Fizemos um bom Campeonato da Europa até aqui, mas não é fácil lidar com a eliminação nos quartos de final. Temos de continuar a trabalhar e aprender. Isso é o mais importante”.
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Futuro de Rui Jorge? “Não controlo isso”
Questionado sobre o futuro do seleccionador Rui Jorge, Quenda mostrou respeito pelo técnico que o orientou ao longo do torneio, mas afastou-se de qualquer influência sobre o tema:
“Não posso fazer nada. Só tenho de jogar e fazer o meu trabalho. Por mim, acho que ele merecia continuar, mas não controlo isso”.
Rui Jorge orienta a equipa sub-21 desde 2010 e soma vários apuramentos para fases finais, incluindo finais e meias-finais. A eliminação com os Países Baixos pode, no entanto, ditar o fim de um ciclo.
Estreia pela Seleção A no horizonte?
O extremo, de apenas 18 anos, foi também confrontado sobre a possibilidade de vir a integrar a Seleção A, numa altura em que muitos jovens talentos têm sido chamados por Roberto Martínez. Sem se comprometer, Quenda mostrou ambição e espírito de trabalho:
“Só o futuro dirá. Só tenho de continuar a trabalhar para conseguir boas coisas e chegar ao mais alto nível. Agora, não controlo se vou voltar ou não aos sub-21”.
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Portugal despede-se assim do Europeu sub-21 com sabor amargo. Fica a exibição positiva na fase de grupos e o potencial de uma nova geração que promete dar cartas no futuro. Para Quenda, a caminhada pode ter sido interrompida, mas a ambição continua intacta.